Pelo segundo dia consecutivo, milhares de afegãos foram às ruas para protestar contra o novo Governo do Talibã, a despeito de mais relatos de civis mortos pelos fundamentalistas durante a semana. Em Asadabad, capital da província de Kunar, integrantes do grupo armado abriram fogo contra manifestantes que tremulavam a bandeira do país —ícone que a guerrilha, agora no poder, quer substituir pela flâmula preta e branca que a identifica. Dos Estados Unidos, o Governo Biden vê aliados como Israel e países árabes observarem a escalada de tensão "com inquietação", enquanto temem o ressurgimento do doutrinas radicais, como o jihadismo, escreve Juan Carlos Sanz, de Jerusalém. No front da pandemia de coronavírus, novos estudos esclarecem por que algumas pessoas contraíram a covid-19 sem apresentar qualquer problema, enquanto outras morreram. Os resultados mostram que quase 20% dos óbitos pela doença se devem ao fato de que alguns pacientes produzem um tipo de proteína do sistema imunológico que, em vez de proteger, potencializa os efeitos virais. As novas descobertas também podem auxiliar a ciência a entender casos de reinfecção, como explica a reportagem de Nuño Domínguez. Os cientistas também avançam na compreensão das consequências das mudanças climáticas. Um estudo publicado pela revista The Lancet por especialistas da Universidade de Washington, nos EUA, afirma que, só em 2019, mais de 356.000 pessoas morreram de alguma doença derivada das fortes ondas de calor. Além disso, a intensificação das temperaturas levou à morte de 1,3 milhão de pessoas por causa do frio. Apoiada em dados de 64,9 milhões de mortes em nove países que representam quase 30% da população mundial, a pesquisa revelou que as principais causas de óbito em cenários de temperaturas extremas são de natureza cardiorrespiratórias e metabólicas, devido a um exposição que "tem aumentado nas últimas décadas", explica uma das autoras do estudo. Para fechar a seleção desta sexta-feira, um mistério decifrado. O ucraniano Bogdan Kulynych, doutorando da Universidade Politécnica de Lausanne (Suíça), descobriu que o algoritmo do Twitter tem uma preferência: rostos claros, jovens, magros e com traços femininos. A revelação aconteceu sem querer, em 2020, quando usuários da rede perceberam que a ferramenta digital dava mais destaque a esses traços. O ucraniano só confirmou a teoria. Quando o tema já havia se tornado uma polêmica mundial, o Twitter resolveu agir: promoveu uma competição inédita entre especialistas, que foram autorizados a fazer uma verdadeira autópsia do algoritmo. Kulynych, o vencedor, comprovou que de fato há um viés nas bases da plataforma. "Eram rostos diversos, e no final vi padrões", explica. | |||||||||
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