O presidente Jair Bolsonaro promete entregar nesta semana ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedidos de impeachment dos ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. O mandatário identifica nos dois magistrados, que têm respondido com inquéritos aos arroubos autoritários de Bolsonaro, seus maiores inimigos na corte suprema. Mas Carla Jiménez conta que, nos bastidores do STF, a avaliação sobre o morador do Palácio da Alvorada é uma só. Na última quinta-feira, "a cúpula do Supremo lia as últimas provocações de Bolsonaro como bravatas autoritárias cada vez mais criativa e nada mais". Em Brasília, há um consenso de que o alto comando das Forças Armadas não vai embarcar em arroubos golpistas, apesar das provocações do mandatário. O fim de semana foi de mudanças drásticas no Afeganistão. Vinte anos depois que a invasão dos Estados Unidos expulsou o Talibã do poder, o país está mais uma vez à mercê da milícia fundamentalista, como registra da capital Cabul o jornalista Sayed Salahuddin. Para além das consequências sobre os direitos humanos da população afegã —Soledad Gallego-Díaz destaca especialmente os riscos para as mulheres—, o avanço dos talibãs deflagra uma crise no Governo do norte-americano Joe Biden, responsável por uma retirada classificada pelos críticos como desastrosa. As notícias também não são boas no Haiti. Dias depois de o presidente Jovenel Moïse ser assassinado dentro da própria casa, um forte terremoto atingiu o país no sábado, deixando pelo menos 1.200 mortos e mais de 5.700 feridos. Os números devem ficar abaixo das 300.000 mortes causadas pelo grande tremor de 2010, mas as consequências da tragédia deste fim de semana se somam aos impactos dos abalos de uma década atrás, que os haitianos mal conseguiram superar. Em páginas mais leves, Diego Parrado conta sobre sua experiência de sair de casa para viver pulando de hotel em hotel. "Penso na casa que compartilhei com minha ex: essa casa mentiu ao nos fazer acreditar que duraria para sempre, e assim a fomos enchendo de coisas. Os hotéis nunca me enganaram, nunca enganam ninguém", diz o jornalista, que tomou a decisão após uma ruptura sentimental que ele achava que seria amenizada pela emoção de se alternar entre vários países e quartos. Segundo o próprio, ele estava apenas parcialmente certo. | |||||
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