O presidente Jair Bolsonaro foi brindado nesta quinta-feira com mais um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre Moraes acolheu o pedido unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar o vazamento por Bolsonaro numa live e publicação em rede social de uma investigação sigilosa da Polícia Federal sobre um ataque hacker à Corte eleitoral em 2018. Além disso, o presidente distorceu as informações, dando a entender que o ataque atingiu as urnas eletrônicas, o que não aconteceu. Na semana passada, Moraes incluiu Bolsonaro no inquérito das fake news por seus constantes ataques ao sistema de votação brasileiro. Ontem, o ministro determinou ainda que as redes sociais apagassem os posts com o vazamento. (Folha)
Bolsonaro ironizou a decisão de Moraes dizendo que não adiantava apagar as postagens porque “todo mundo já copiou”. (UOL)
Por sua vez, o TSE tomou os depoimentos do Ministro da Justiça, Anderson Torres, e do coronel da reserva Eduardo Gomes, que participaram de live em que Bolsonaro voltou a alegar fraudes eleitorais no Brasil. Os dois admitiram não terem quaisquer provas que sustentem essas acusações. Torres é investigado na Justiça Eleitoral por propaganda antecipada em favor de Bolsonaro. (Globo)
Uma das maiores mudanças para pior na reforma política aprovada na Câmara, a volta das coligações proporcionais pode literalmente parar no Senado. É grande a resistência na Casa à mudança, uma vez que a regra foi aprovada em 2017 e só foi aplicada de fato, com resultados positivos, nas eleições municipais de 2020. E nem é preciso que os senadores rejeitem a medida. Basta que ela fique parada e não seja votada a tempo de ser sancionada até o início de outubro, não valendo para o pleito do ano que vem. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já avisou que tem outras prioridades. (Folha)
Enquanto isso... Um dia depois de mimar os partidos nanicos com o retorno das coligações proporcionais, a Câmara foi além e aprovou o projeto oriundo do Senado que cria as federações partidárias. O que isso significa? Duas ou mais legendas com programas ou interesses pecuniários comuns podem montar uma federação que tem de durar pelo menos quatro anos. Terão um único líder, mas poderão manter suas próprias burocracias e escapar da cláusula de desempenho. (Poder360)
Confira como votou cada deputado na questão das federações partidárias. (G1)
Entenda as mudanças trazidas pela reforma eleitoral. (Poder360)
E a expressiva votação em favor da PEC no voto impresso, 229 votos, mesmo insuficiente para sua aprovação, tem explicação. O Executivo liberou R$ 1 bilhão em emendas parlamentares sem fiscalização às vésperas de a matéria ser votada. (Estadão)
Meio em vídeo. A gente tanto fala dos militares, tanto falamos do Centrão, Bolsonaro então. Um autoritário, um mentiroso, alguém que o dia todo trabalha contra a democracia. Mas a gente não fala o suficiente de PSDB e PT. Pois é. Devíamos. Porque, esta semana, os dois, de formas diferentes, também agiram para deteriorar a democracia. Confira o Ponto de Partida no YouTube.
Dois dias depois do arquivamento da PEC do voto impresso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou uma iniciativa para tentar serenar os ânimos. O presidente da Corte, ministro Luiz Roberto Barroso, anunciou medidas para aumentar a transparência no processo de auditoria das urnas eletrônicas. Os códigos-fontes das urnas serão liberados em outubro, antecipando em seis meses o prazo para que eles avaliem o sistema. Também foi ampliado o número de urnas escolhidas aleatoriamente para auditoria. Barroso lembrou que desde 2016 os partidos não enviam técnicos para a fiscalização, mas atribuiu o fato à confiança no sistema. (CNN Brasil)
Se o clima na CPI da Pandemia andava morno desde o fim do recesso, a coisa pegou fogo ontem com o depoimento do líder do governo da Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Falando como convidado, ele revoltou os senadores ao acusar a CPI de atrapalhar as negociações do Brasil por mais vacinas. O senador Humberto Costa (PT-PE) reagiu, dizendo que a comissão impediu que houvesse roubo. O deputado é suspeito de indicar funcionários em postos-chave do Ministério da Saúde na negociação de vacinas com intermediários. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), também se indignou e disse que o governo queria “tirar proveito da compra das vacinas”, encerrando a sessão em seguida. Barros deverá voltar a depor, agora como convocado, ma)s já avisou que não mudará de postura. (G1)
Após a saída das tropas americanas do Afeganistão, a ofensiva do Talibã parece incontrolável. O grupo islâmico tomou mais três cidades, incluindo Kandahar, a segunda maior do país. (CNN
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