Jornais trazem assuntos diversos nas manchetes principais, mas dois destaques são importantes: o mercado começa a tirar o apoio do governo Bolsonaro, manchete da Folha —Crise e gastos preocupam investidor e afetam mercados — enquanto o Estadão revela que o esquema de fake news de bolsonaristas rende muito dinheiro: Ganho de radicais pode chegar a R$ 15 milhões por ano. Só no YouTube, os 14 canais atingidos pelo despacho do corregedor, ministro Luis Felipe Salomão, podem gerar até US$ 2,9 milhões por ano em receitas. O Globo traz como assunto principal na capa que o Rodrigo Pacheco cedeu e voltou a fazer o jogo do Palácio do Planalto: Senado destrava recondução de Aras; aprovação de nome para o STF é incerta. Folha informa que autoridades dos três poderes articulam concessões para retomar diálogo, Bolsonaro resiste. Judiciário, Legislativo e Executivo conversam para tentar harmonizar relação apesar de ataques do presidente. Jornais destacam que Bolsonaro entrou com ação no STF para proibir a Corte de abrir inquérito sem aval do Ministério Público. Movimento é novo capítulo na crise institucional entre o Palácio do Planalto e o Poder Judiciário. O processo foi apresentado pela AGU. Valor continua a dar em manchete a erosão da confiança do mercado financeiro: Condições financeiras pioram e afetam o ritmo da economia. Por fim, a edição brasileira do El País mantém o foco na crise humanitária no Afeganistão: Milhares de afegãos protestam nas ruas contra o Governo do Talibã pelo segundo dia. Nos onlines agora cedo um dos destaques é a PF fazendo buscas em endereços do cantor Sérgio Reis e de deputado bolsonarista. Ação foi solicitada pela Procuradoria Geral da República e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. O deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) e o cantor sertanejo são investigados por “incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições, bem como contra os membros dos Poderes”. Nas revistas semanais, a ascensão do Taleban é tema principal das revistas Carta Capital e Veja. Tio Sam fracassou — destaca a primeira. “O império de Biden paga pelas mentiras da guerra ao terrorismo e entrega o Afeganistão o seu destino”, resume. E na semanal da Abril: Uma derrota da civilização. “A volta do Talibã ao poder no Afeganistão é mais um alerta ao mundo para a explosiva combinação entre política e religião — e comprova que, vinte anos depois do 11 de Setembro, o fundamentalismo continua sendo uma ameaça à humanidade”. Já a revista Focus, editada pela Perseu Abramo, coloca como tema principal da sua edição, que começa a circular neste final de semana, o périplo do ex-presidente por oito capitais nordestinas: Lula no Nordeste: a esperança voltou. A revista traz ainda entrevista do físico Ricardo Galvão, destaca os 40 anos da morte de Glauber Rocha e sobre o cerco adiantado da CPI ao esquema de corrupção no Ministério da Saúde no governo Bolsonaro. E a revista IstoÉ foca também na política, ressaltando as constantes ameaças do presidente da República de ruptura: Ou o Brasil acaba com Bolsonaro, ou Bolsonaro acaba com o Brasil. “A Justiça e o Congresso precisam conter a ruptura institucional em preparação pelo presidente. Ele não pretende recuar, pois as chances de reeleição evaporaram e sua única alternativa de sobrevivência é acelerar os ataques à democracia, como a convocação de uma manifestação no dia Sete de Setembro, com a finalidade de mostrar que tem apoio para o ‘bastante provável contragolpe’. CPI DA COVID A mídia reporta que a CPI quebrou o sigilo do líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), influenciadores bolsonaristas e do advogado do presidente, Frederick Wasseff. Os requerimentos foram aprovados antes de depoimento do dono da Precisa, que ficou em silêncio na maioria dos questionamentos. O relator Renan Calheiros (MDB-AL) disse que o relatório final pretende responsabilizar por crime comum todos os membros do gabinete paralelo. O gabinete paralelo assessorava o presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia. O grupo participou de ao menos 24 reuniões no Palácio do Planalto e no Palácio da Alvorada. Na imprensa internacional, o caos no Afeganistão continua nas manchetes dos principais jornais do planeta e é tema central da capa das mais influentes revistas. A britânica The Economist destaca o desastre de Biden na capa da edição semanal, que começa a circular nesta sexta-feira. Na ampla reportagem, a semanal lembra que a América gastou US$ 2 trilhões no Afeganistão desde a invasão em 2001 e mais de 2 mil vidas americanas foram perdidas, para não mencionar mais de 117.000 afegãs. E, no entanto, apesar disso, tendo tomado Cabul, o Taleban controla mais o país hoje do que na última vez em que ocupou o poder. Eles também conquistaram uma posição importante: derrotaram uma superpotência. Na reportagem principal, a Economist diz que o “fiasco no Afeganistão é um golpe grave para a posição da América” e “grande parte da culpa recai diretamente sobre Joe Biden”. “Não é surpreendente que os Estados Unidos não tenham conseguido transformar o Afeganistão em uma democracia”, diz a editora-chefe Zanny Minton Beddoes. “Tampouco era irracional para Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos, querer encerrar o conflito, dada a duração, escala e despesas do desdobramento americano. Mas seu fracasso em se retirar de forma ordeira deixou os afegãos abandonados”, observa. “A inteligência da América falhou, assim como seu planejamento. O Sr. Biden foi caprichoso e sua preocupação com os aliados, mínima. Isso provavelmente encorajará os jihadistas em todos os lugares. Também irá desanimar os amigos da América e encorajar o aventureirismo por parte de governos hostis como o da Rússia ou da China”. A manchete principal do New York Times nesta sexta também é sobre o Afeganistão: Taleban anula protestos e prende inimigos. “As ações do Taleban e sua história de brutalidade lançam dúvidas sobre suas promessas de anistia, e muitos afegãos têm medo de se aventurar fora de suas casas”, resume o jornal. Na capa, Washington Post destaca que caos no aeroporto atrapalha esforços de evacuação. “Uma dinâmica caótica e perigosa no aeroporto de Cabul deu poucos sinais de ceder nesta quinta-feira, enquanto milhares de pessoas que tentavam embarcar em voos enfrentaram espancamentos de guardas do Taleban, o esmagamento de multidões e feitiços intermináveis na poeira e no calor enquanto esperavam para escapar do Afeganistão”, relata. “A confusão diária no aeroporto — uma situação constante desde a conquista do Taleban no domingo — alimentou críticas de que o governo Biden demorou a tentar tirar os americanos e seus aliados, ao mesmo tempo em que ressalta os temores sobre como os militantes governarão o país”. Wall Street Journal coloca na capa que o Taleban combate protestos enquanto milhares procuram fugir do Afeganistão. “O grupo, enfrentando mais desafios contra a tomada do país, usou a força para conter os protestos e repelir as multidões que tentavam alcançar voos de evacuação do aeroporto de Cabul”, informa. Em outra reportagem, o diário revela que um telegrama interno do Departamento de Estado alertava para o iminente colapso de Cabul. “Funcionários do Departamento de Estado servindo em Cabul enviaram um memorando interno ao secretário de Estado, Antony Blinken, alertando sobre o colapso potencial da capital logo após o prazo de retirada das tropas em 31 de agosto”, reporta. A imprensa inglesa revela que o secretário de Relações Exteriores recusou atender chamadas enquanto Cabul caía sob o domínio do Taleban. Ele está sendo pressionado a renunciar, de acordo com o Guardian. Dominic Raab enfrenta acusações de que “desapareceu” durante as férias de mais de uma semana no colapso do Afeganistão. O jornal afirma ter sido informado por alguns parlamentares de seu próprio partido que a posição do ministro das Relações Exteriores é agora “insustentável”. O sisudo Times destaca em manchete de capa que três dos funcionários públicos mais graduados da Grã-Bretanha, cujos departamentos estão supervisionando a evacuação do Afeganistão, estão de férias. O jornal diz que os secretários das Relações Exteriores, do Ministério do Interior e do Ministério da Defesa estão de licença. ELEIÇÕES 2022 Estadão traz entrevista do ex-ministro Aldo Rebelo, pré-candidato à Presidência da República, em que faz críticas ao PT. “Brasil tem governo fraco e uma oposição desorientada”, diz o ex-presidente da Câmara, afirmando que sua agenda ‘não é identitarismo nem da guerra cultural’. Ele defende a necessidade de retomar o desenvolvimento, combater a desigualdade e valorizar a democracia. Rebelo lançou o livro O Quinto Movimento, onde expõe suas ideias. BRASIL NA GRINGA O argentino Clarín noticia que Bolsonaro confirmou negociações entre Brasil e Argentina para importação de gás. Ele declarou que o acordo “vai sair um dia”, embora tenha alertado que a construção do gasoduto “não é fácil”. O custo estimado para o gasoduto é de US$ 3,7 bilhões para a Argentina e outros US$ 1,2 bilhão para o Brasil. Embora os interesses na conclusão do acordo sejam reais, ainda há financiamento a ser obtido para a execução do projeto. No ano passado, o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, havia adiantado o início das negociações: “Estamos na fase exploratória agora. Há vontade dos dois governos de avançar com o projeto”. O jornal russo The Moscow Times revela em manchete de primeira página que um relatório confidencial sobre a vacina contra Sputnik V, da Rússia, preparada por seus desenvolvedores para apoiar autorização em todo o mundo, tem “inconsistências graves” e difere dos dados publicados anteriormente sobre os ensaios clínicos. O documento de 136 páginas — intitulado “Relatório de estudo clínico provisório” — foi escrito em janeiro de 2021. O documento não questiona a segurança ou eficácia geral da vacina. Mas as inconsistências surgem em um momento de renovado escrutínio nos testes clínicos do Sputnik V, enquanto a Rússia busca obter autorização de emergência da OMS e da EMA, e seu impulso de exportação vacila em meio a vários relatórios de atrasos na produção e atrasos nas entregas. INTERNACIONAL Na imprensa internacional, o caos no Afeganistão continua nas manchetes dos principais jornais do planeta e é tema central da capa das mais influentes revistas. A britânica The Economist destaca o desastre de Biden na capa da edição semanal, que começa a circular nesta sexta-feira. Na ampla reportagem, a semanal lembra que a América gastou US$ 2 trilhões no Afeganistão desde a invasão em 2001 e mais de 2 mil vidas americanas foram perdidas, para não mencionar mais de 117.000 afegãs. E, no entanto, apesar disso, tendo tomado Cabul, o Taleban controla mais o país hoje do que na última vez em que ocupou o poder. Eles também conquistaram uma posição importante: derrotaram uma superpotência. Na reportagem principal, a Economist diz que o “fiasco no Afeganistão é um golpe grave para a posição da América” e “grande parte da culpa recai diretamente sobre Joe Biden”. “Não é surpreendente que os Estados Unidos não tenham conseguido transformar o Afeganistão em uma democracia”, diz a editora-chefe Zanny Minton Beddoes. “Tampouco era irracional para Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos, querer encerrar o conflito, dada a duração, escala e despesas do desdobramento americano. Mas seu fracasso em se retirar de forma ordeira deixou os afegãos abandonados”, observa. “A inteligência da América falhou, assim como seu planejamento. O Sr. Biden foi caprichoso e sua preocupação com os aliados, mínima. Isso provavelmente encorajará os jihadistas em todos os lugares. Também irá desanimar os amigos da América e encorajar o aventureirismo por parte de governos hostis como o da Rússia ou da China”. A manchete principal do New York Times nesta sexta também é sobre o Afeganistão: Taleban anula protestos e prende inimigos. “As ações do Taleban e sua história de brutalidade lançam dúvidas sobre suas promessas de anistia, e muitos afegãos têm medo de se aventurar fora de suas casas”, resume o jornal. Na capa, Washington Post destaca que caos no aeroporto atrapalha esforços de evacuação. “Uma dinâmica caótica e perigosa no aeroporto de Cabul deu poucos sinais de ceder nesta quinta-feira, enquanto milhares de pessoas que tentavam embarcar em voos enfrentaram espancamentos de guardas do Taleban, o esmagamento de multidões e feitiços intermináveis na poeira e no calor enquanto esperavam para escapar do Afeganistão”, relata. “A confusão diária no aeroporto — uma situação constante desde a conquista do Taleban no domingo — alimentou críticas de que o governo Biden demorou a tentar tirar os americanos e seus aliados, ao mesmo tempo em que ressalta os temores sobre como os militantes governarão o país”. Wall Street Journal coloca na capa que o Taleban combate protestos enquanto milhares procuram fugir do Afeganistão. “O grupo, enfrentando mais desafios contra a tomada do país, usou a força para conter os protestos e repelir as multidões que tentavam alcançar voos de evacuação do aeroporto de Cabul”, informa. Em outra reportagem, o diário revela que um telegrama interno do Departamento de Estado alertava para o iminente colapso de Cabul. “Funcionários do Departamento de Estado servindo em Cabul enviaram um memorando interno ao secretário de Estado, Antony Blinken, alertando sobre o colapso potencial da capital logo após o prazo de retirada das tropas em 31 de agosto”, reporta. A imprensa inglesa revela que o secretário de Relações Exteriores recusou atender chamadas enquanto Cabul caía sob o domínio do Taleban. Ele está sendo pressionado a renunciar, de acordo com o Guardian. Dominic Raab enfrenta acusações de que “desapareceu” durante as férias de mais de uma semana no colapso do Afeganistão. O jornal afirma ter sido informado por alguns parlamentares de seu próprio partido que a posição do ministro das Relações Exteriores é agora “insustentável”. O sisudo Times destaca em manchete de capa que três dos funcionários públicos mais graduados da Grã-Bretanha, cujos departamentos estão supervisionando a evacuação do Afeganistão, estão de férias. O jornal diz que os secretários das Relações Exteriores, do Ministério do Interior e do Ministério da Defesa estão de licença. |
AS MANCHETES DO DIA |
Focus: Lula no Nordeste: a esperança voltou Carta Capital: Tio Sam fracassou. O império de Biden paga pelas mentiras da guerra ao terrorismo e entrega o Afeganistão o seu destino IstoÉ: Ou o Brasil acaba com Bolsonaro, ou Bolsonaro acaba com o Brasil. A Justiça e o Congresso precisam conter a ruptura institucional em preparação pelo presidente. Ele não pretende recuar, pois as chances de reeleição evaporaram e sua única alternativa de sobrevivência é acelerar os ataques à democracia, como a convocação de uma manifestação no dia Sete de Setembro, com a finalidade de mostrar que tem apoio para o “bastante provável contragolpe” Veja: Uma derrota da civilização. A volta do Talibã ao poder no Afeganistão é mais um alerta ao mundo para a explosiva combinação entre política e religião — e comprova que, vinte anos depois do 11 de Setembro, o fundamentalismo continua sendo uma ameaça à humanidade The Economist: Desastre de Biden. O que isso significa para o Afeganistão e a América Folha: Crise e gastos preocupam investidor e afetam mercados Estadão: Ganho de radicais pode chegar a R$ 15 milhões por ano O Globo: Senado destrava recondução de Aras; aprovação de nome para o STF é incerta Valor: Condições financeiras pioram e afetam o ritmo da economia El País (Brasil): Milhares de afegãos protestam nas ruas contra o Governo do Talibã pelo segundo dia UOL: Bolsonaro entra com ação para proibir STF de abrir inquérito sem aval do MP G1: Assassinatos caem 8% no 1º semestre no Brasil R7: Caixa começa a pagar hoje a 5ª parcela do auxílio para 39 milhões Luis Nassif: O xadrez das eleições de 2022 Tijolaço: Bolsonaro tornou-se um desastre até para a turma do dinheiro Brasil 247: Bolsonaro abre mais um confronto com o STF ao tentar proibir abertura de inquérito sem aval do MP DCM: Bolsonaro usa tapetão para barrar inquérito das fake news no STF Rede Brasil Atual: Para historiador, ameaças constantes de golpe são busca de salvo-conduto para escapar de prisão Brasil de Fato: Policiais se somam a protestos contra reforma administrativa e questionam retirada de direitos Ópera Mundi: ‘Joe Biden não é progressista’, diz Jodi Dean Fórum: Campanha Fora Bolsonaro vai ao MP para poder fazer ato na Paulista em 7 de setembro Vi o Mundo: Internautas fazem melhores momentos de bocudo Allan dos Santos, para impedir que ele tenha amnésia Poder 360: 27% dos internados por covid em julho haviam tomado ao menos a 1ª dose New York Times: Apertando o cerco, Taleban silencia inimigos e e dissidência Washington Post: Caos no aeroporto atrapalha esforços de evacuação WSJ: Protestos no Afeganistão aumentam enquanto os EUA trabalham para facilitar as saídas Financial Times: Toyota vai cortar produção em 40% aumenta o nervosismo sobre o crescimento global The Guardian: Raab 'recusou-se a atender ligações' durante o outono do Afeganistão The Times: Férias dos chefes de Whitehall apesar do desastre afegão Le Monde: Escola, política: o retorno às aulas sob a influência do Covid Libération: Guadalupe. “Esta variante não dá um quarto” El País: Uma onda de protestos em várias cidades desafia os talibans El Mundo: Biden pressiona os talibans com F-18 para assegurar a evacuação Clarín: Governo aprovou dois juízes polêmicos em meio ao escândalo de Olivos Página 12: Em banda Granma: Há muito trabalho a defender Diário de Notícias: Agendamentos atrasados. É preciso esperar dois meses para ter passaporte Público: Governo antecipa desconfinamento, mas máscaras na rua vão continuar Frankfurter Allgemeine Zeitung: Söder contra a “instrumentalização” da migração na campanha eleitoral The Moscow Times: Relatório vazado sobre Sputnik V mostra mais inconsistências nos dados de ensaios clínicos Diário do Povo: Xi pede uma cooperação reforçada do BRI entre a China e os árabes para impulsionar o desenvolvimento e promover os laços |
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