quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Caminhoneiros bloqueiam estradas em apoio a Bolsonaro

 


O dia seguinte aos expressivos atos de rua do 7 de Setembro em defesa de Jair Bolsonaro foi de ressaca para o presidente. Abraçado por parte da população na data cívica, o mandatário colheu críticas dos chefes dos outros poderes e viu a Bolsa de Valores despencar 3,78% na quarta-feira. O discurso mais duro coube ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, instituição que Bolsonaro estabeleceu como alvo das manifestações. “Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do chefe de qualquer dos Poderes, essa atitude, além de representar atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional”, afirmou o magistrado no início da sessão do tribunal, jogando para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a sugestão do impeachment, como conta Afonso Benites.

Para o colunista Oliver Stuenkel, o embate entre Bolsonaro e a democracia entrou em sua fase mais críticaJá Vladimir Safatle considera que "o golpe já começou". Enquanto, em Brasília, líderes partidários estudavam a melhor forma de se posicionar em relação aos atos do presidente —a esquerda ainda estuda participar dos protestos marcados para o dia 12 contra Bolsonaro—, caminhoneiros bloqueavam rodovias em pelo menos 12 estados, em nome do mandatário. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), havia mais de 110 bloqueios ou focos de protestos até a noite de quarta. Felipe Betim conta que ainda não está claro se a mobilização é formado por motoristas autônomos ou por empresas de transporte —o que poderia configurar locaute, paralisação proibida pela lei.

Quase seis anos após os atentados que deixaram 130 mortos e centenas de feridos em Paris, a França volta a encarar seu duro passado com o julgamento de 20 acusados de participação nas explosões e tiroteios que chocaram o mundo. Já chamado de "julgamento do século", o processo histórico contará com um tribunal especial e centenas de páginas que reúnem acusações relacionadas ao que é considerado o mais brutal ataque jihadista da história do país. A retomada do caso chama ainda mais atenção por acontecer à medida que extremistas islâmicos voltam a ganhar as atenções do mundo, pelos ataques terroristas no Afeganistão, reivindicados pelo mesmo Estado Islâmico, relata Silvia Ayuso.

Os quase 124 milhões de seguidores no TikTok da norte-americana Charli d’Amelio, de 17 anos, são o sonho de qualquer influencer do mundo —ainda mais se acompanhados por diversos convites de grandes marcas e até uma dancinha ao lado de Jennifer Lopez. Mas o universo hostil das redes sociais cobrou seu preço, conta Cristina Morgado. Apesar das benesses da fama repentina, a jovem tem enfrentado cada vez mais comentários negativos, inclusive contra sua família, o que levou o fenômeno digital a diminuir o ritmo de postagens e migrar para outros projetos. "Perdi a paixão pelo que faço, e era algo com que eu me divertia muito”.


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