O Ministério Público entrou em campo para conter o ímpeto radical das polícias militares. Em seis estados – SP, PE, CE, PA, MS e SC – e no Distrito Federal promotores e um juiz militar entraram com ações para questionar a participação de PMs em atos políticos no feriado de Sete de Setembro. O MP interpelou o governo do DF após a PM indicar que não puniria policiais que violassem o estatuto da corporação e participassem de atos em favor do presidente. (Folha)
Numa indicação do caminho a seguir, o Ministério Público Federal e a Promotoria Militar do DF recomendaram que o período entre 6 e 8 de setembro seja declarado “de prontidão”. Com isso, todos os PMs que não estiverem de serviço nas ruas devem estar recolhidos aos quartéis. Quem não estiver será considerado desertor. (Extra)
Apenas lembrando... Na quarta-feira a ministra do STJ Laurita Vaz arquivou dois habeas corpus preventivos pedindo que PMs e militares da ativa não fossem punidos por participarem de atos políticos de apoio ao presidente. (Metrópoles)
Em resposta ao clima de radicalismo para o Sete de Setembro, o presidente do STF, Luiz Fux, disse confiar “que os cidadãos agirão, em suas manifestações, com senso de responsabilidade cívica e respeito institucional”. Segundo Fux, “liberdade de expressão não comporta violência”. (Metrópoles)
Já o presidente Jair Bolsonaro pela primeira vez procurou abaixar a temperatura. Segundo ele, “ninguém precisa temer o Sete de Setembro”. (CNN Brasil)
A aprovação do governo Bolsonaro caiu ao menor nível já registrado pelo PoderData, 27%. E desaprovação está em 63%. Para 55% dos ouvidos no levantamento, o trabalho de Bolsonaro é ruim ou péssimo, contra 25% que o consideram ótimo ou bom. A reprovação do presidente é menor na Região Norte (46%) e entre pessoas com Ensino Médio (48%). Um dado notável é que Bolsonaro é pior avaliado entre homens (59% de ruim ou péssimo) que entre mulheres (52%). (Poder360)
E Bolsonaro cometeu um ato falho ontem, durante sua live semanal. Ele se referiu a 2024 como um ano fora de seu governo, admitindo que não se reelegerá. (Poder360)
E a erosão do apoio a Bolsonaro na elite econômica é visível. A Federação Brasileira dos Bancos (Febrabran) emitiu uma nota reiterando seu apoio a um manifesto de defesa da democracia e da harmonia entre os poderes. Quando o esboço do texto começou a circular, a Caixa e o Banco do Brasil, controlados pelo governo federal, ameaçaram deixar a entidade. Ontem os dois bancos estatais tentaram sem sucesso impedir a divulgação das notas. (Folha)
Enquanto isso... Mais de 200 industriais mineiros soltaram uma nota desautorizando a Federação das Indústrias do estado, que na véspera criticara o STF, fazendo coro ao bolsonarismo. Chamado de Segundo Manifesto dos Mineiros, o texto defende as instituições brasileiras, o Estado de Direito e a democracia. (Estadão)
Tomas Traumann: “Nenhum presidente ameaçou os donos de banco e saiu vivo do outro lado para contar a história. Brigar com os donos do dinheiro é coisa que os candidatos dizem no conforto dos palanques e que desdizem sob o ar-condicionado dos gabinetes. Em geral, são os banqueiros que decidem abandonar um governo, não o contrário. Haverá vingança.” (Poder360)
Meio em vídeo. Não é que os próximos meses vão ser difíceis. É pior do que isso. Nós vamos juntar os piores momentos dos últimos presidentes numa torrente só, ao mesmo tempo. A gente vai sentir na pele o resultado de um presidente incompetente como nunca. E é para fingir que não tem nada com isso que Bolsonaro quer botar fogo no país. Confira o Ponto de Partida no YouTube.
Até sua separação de Jair Bolsonaro em 2007, a advogada Ana Cristina Valle gerenciou o esquema de rachadinhas nos gabinetes dos enteados Flávio e Carlos na Alerj e na Câmara do Rio, respectivamente. A denúncia, revelada com exclusividade por Guilherme Amado, é de Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, que trabalhou para a família desde 2002 até este ano. Lotado no gabinete de Flávio, ele disse ter devolvido ao deputado 80% do que recebeu, cerca de R$ 340 mil. Mais do que isso, Nogueira diz que Ana Cristina ocultou através de laranjas o patrimônio formado durante o casamento com Bolsonaro. Um exemplo é a mansão em Brasília na qual ela vive com o filho, Jair Renan. Oficialmente, é alugada, mas, segundo Nogueira, a ex do presidente tem um contrato de gaveta (não registrado) de compra do imóvel. (Metrópoles)
Há dois meses, no aniversário de Nogueira, Jair Renan o homenageou com uma publicação no Instagram de uma foto juntos. “Você me ensinou muito, especialmente a como me tornar uma boa pessoa. Sua empatia e seu carinho são contagiantes, e eu serei eternamente grato a Deus por tê-lo colocado em nosso caminho”, escreveu o Zero Quatro. (Globo)
Contrariando a ala militar, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei aprovada pelo Congresso que extingue e substitui a Lei de Segurança Nacional, mas com vetos que falam ao coração de seus apoiadores. Bolsonaro vetou, por exemplo, a punição para quem divulga notícias falsas em massa e o aumento da pena em casos de ações contra a democracia por funcionários públicos ou militares ou por meio de “violência grave” ou uso de “armas de fogo”. (CNN)
O advogado e lobista Marconny Faria, apontado como intermediário da Precisa Medicamentos junto ao Ministério da Saúde, passou a quinta-feira driblando a CPI da Pandemia. Apesar de seu médico ter anulado o atestado que ele apresentara, Faria não compareceu para depor, levando os senadores a pedirem sua condução coercitiva e a apreensão de seu passaporte. Ele já tinha o direito de ficar em silêncio, mas sua defesa pediu à ministra do STF Cármen Lúcia que ele fosse desobrigado de depor, o que foi negado. (Poder360)
O dia na CPI já começara agitado com a notícia de que a polícia federal havia prendido um assessor do senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) por envolvimento com tráfico internacional de drogas. Marcelo Guimarães Cortez Leite foi exonerado ainda pela manhã. (UOL)
Passa de 40 o número de mortos no Nordeste dos EUA devido à tempestade tropical Ida. Em Nova York, a chuva provocou alagamentos, afogando pessoas que viviam em apartamentos nos porões de prédios. (G1)
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