sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Bolsonaro aprovado por 40%

 


De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope e encomendada pela Confederação Nacional da Indústria, o presidente Jair Bolsonaro é avaliado como ótimo ou bom por 40% dos entrevistados. 29% consideram regular e outros 29% ruim ou péssimo. Desde o início da pandemia, este é o primeiro levantamento realizado face a face, que dá à pesquisa maior garantia de qualidade. Como foi realizada de domicílio em domicílio, inclui aqueles que seguem mantendo a quarentena. 51% aprovam o governo na segurança, 50% na forma de governar. 49% consideram Bolsonaro superior a Michel Temer, como presidente. O governo é reprovado por 57% no trato do Meio Ambiente. 55% consideram a gestão ruim em Saúde e, 52%, em Educação. A margem de erro é de dois pontos percentuais. (G1)

Merval Pereira: “A alta da popularidade do presidente traz um paradoxo para o governo. Ao mesmo tempo que revigora sua força política, obriga-o a obter a aprovação para o novo programa social que entraria em vigor no início do ano que vem, quando termina a vigência do auxílio emergencial da pandemia. A pesquisa deixa claro que foi esse auxílio que alavancou a popularidade de Bolsonaro. Uma das maiores altas na popularidade do presidente foi registrada entre os com renda familiar de até um salário mínimo. A pesquisa do Ibope mostra que, apesar de 51% dos pesquisados aprovarem a maneira de governar de Bolsonaro, também 51% não têm confiança no presidente. Entre aqueles que recebem até 1 salário mínimo, essa desconfiança é maior que a média, de 55%, da mesma maneira que entre os de mais alta renda, cujo grau de desconfiança chega a 62%. Essa atitude mostra uma postura cautelosa dos mais pobres diante do novo benfeitor, que terá que confirmar sua magnanimidade com fatos concretos.” (Globo)




Uma entrevista do ministro da Educação, Milton Ribeiro, agitou o Congresso Nacional. O senador Fabiano Contarato vai ao Supremo pedir que Ribeiro seja investigado por homofobia e o deputado David Miranda acionará o Ministério Público. O ministro falava sobre a questão do bullying nas escolas. “Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo”, afirmou. “São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe.” Ribeiro também se esquivou de responsabilidade pela desigualdade de tratamento dos alunos que não têm internet. “Esse não é um problema do MEC, é um problema do Brasil”, disse. “Não tem como, vai fazer o quê? É a iniciativa de cada um, de cada escola. Não foi um problema criado por nós. Essa é uma responsabilidade de Estados e municípios, que poderiam verificar e ter as iniciativas para tentar minimizar esse tipo de problema.” (Estadão)




A Advocacia Geral da União suspendeu uma portaria que promovia em massa 606 procuradores federais ao topo da carreira. Todos seriam contemplados com salários acima de R$ 27 mil. Em outras carreiras da AGU, assim como no caso dos procuradores da República, é preciso que surjam vagas para a promoção. Mas a regra não vale para os procuradores federais. O Congresso apresentou requerimento pedindo que a AGU explicasse a repentina promoção. (Poder 360)




O presidente americano Donald Trump se recusou, pela segunda vez, a garantir que deixará pacificamente o governo caso perca as eleições. “Temos de ter certeza de que a eleição foi honesta e não garanto que será”, afirmou a um grupo de jornalistas. O líder do governo no Senado, Mitch McConnell, tentou contemporizar. “Haverá uma transição ordeira como tem ocorrido a cada quatro anos desde 1792”, tuitou. A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, não foi tão diplomática. “O senhor não está na Coreia do Norte”, ela disse. “Não está na Turquia, não está na Rússia, senhor presidente. O senhor está nos Estados Unidos da América. Esta é uma democracia, então por que o senhor não tenta honrar seu juramento à Constituição?” (New York Times)

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