quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Governo federal pressiona supermercados por aumentos

 

O governo federal notificou as principais empresas e associações ligadas à produção e distribuição de alimentos da cesta básica para que se expliquem a respeito do aumento de preços. Supermercados e produtores terão que listar quais os produtos da cesta básica que tiveram maior variação no último mês e os três itens com maior reajuste. A notificação foi feita pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, para investigar qualquer abuso nos aumentos. A associação de supermercados, no entanto, nega ser a vilã e diz que o problema está ligado ao excesso de demanda e à falta de oferta. (G1)

Pois é… Supermercados já começaram a limitar a compra de arroz. (Agora)

O arroz, leite longa vida e óleo de soja já acumulam aumento de preço de cerca de 20%, embora a inflação só tenha crescido 0,70% de janeiro a agosto. Puxado pela alta nos preços de alimentos e da gasolina, o IPCA subiu 0,24% em agosto, o maior avanço para o mês desde 2016. (Globo)

O governo decidiu que vai aplicar tarifa zero de importação nesses produtos até o final do ano. Mas, segundo Gabriel Viana, analista da consultoria Safras & Mercado, a isenção não vai gerar queda relevante no curto prazo. A cotação do dólar e os preços internacionais fariam a saca importada chegar ao Brasil com o mesmo valor pago pela produção nacional. (Valor)




O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, ordenou o cumprimento de 50 mandados de busca e apreensão contra inúmeros escritórios de advocacia pelo país. Foram delatados por Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio no estado. Segundo o MPF do Rio, pelo menos R$ 151 milhões foram pagos para obter facilidades em processos no Conselho Fiscal do Sesc Nacional, no TCU e no Judiciário. Entre os investigados estão Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, defensores de Lula, e Frederick Wassef, ex-advogado de Bolsonaro. (Consultor Jurídico)




Uma operação do Ministério Público do Distrito Federal esta manhã investiga supostas fraudes na compra de equipamentos médicos na capital. Ao todo, estão sendo cumpridos 46 mandados judiciais no Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. (Metrópoles)




O presidente americano Donald Trump tinha plena consciência da gravidade que o novo coronavírus representaria para seu país neste ano. “Você apenas respira o ar e é assim que ele passa”, afirmou em uma entrevista gravada ao jornalista Bob Woodward. “É traiçoeiro, muito delicado. É também mais mortal do que a pior das gripes.” Publicamente, porém, Trump tratava com desdém. “Sempre quis minimizar”, explicou ao repórter em outra entrevista. “Não quero criar um pânico.” Ainda em janeiro, o presidente ouviu de seu assessor de segurança nacional: “esta será a crise mais dura que você enfrentará.” As revelações fazem parte de Rage, o novo livro de Woodward, um dos dois jornalistas responsáveis pela queda de Richard Nixon. Em campanha, o adversário democrata, Joe Biden, já está no ataque. “Ele mentiu para o povo americano”, afirmou num discurso. “Ele mentiu conscientemente sobre o risco ao qual o país foi apresentado por meses. É um ato de traição num tema de vida e morte.” (Washington Post)

Chris Cillizza, editor da CNN: “É incrível que Trump tenha dito que esta é uma de 18(!) entrevistas que ele concedeu a Woodward. E que as entrevistas foram gravadas com sua permissão. Por que o presidente daria tanto acesso a Woodward? Woodward fez seu nome quando descobriu o esquema criminoso conhecido por Watergate. Nos últimos anos, têm escrito livros que narram a história dos presidentes enquanto ocupam o cargo. Quando ele diz que gostaria de escrever a seu respeito, você se sente lisonjeado. E vê a oportunidade de, se convencer Woodward de que a cobertura a seu respeito é injusta, então talvez a história sobre sua presidência seja reescrita.” (CNN)

Merval Pereira: “Entre nós, brasileiros, é brutal o efeito colateral da revelação do jornalista Bob Woodward de que Trump já sabia da gravidade da Covid-19. Nosso ‘Trump dos trópicos’, acreditando nas declarações oficiais de seu ídolo, garantia por aqui: ‘Vão morrer alguns [idosos e pessoas mais vulneráveis] pelo vírus? Sim, vão morrer. Se tiver um com deficiência, pegou no contrapé, eu lamento.’ Bolsonaro não apenas defendeu o uso da cloroquina quanto tomou o medicamento. Trump também disse que tomava preventivamente, mas não é possível saber até onde vai a verdade e onde começa a mentira. Se os americanos estão revoltados com seu presidente, o que dizer do nosso, que seguiu os passos de Trump toda a pandemia e acreditou em tudo o que ele dizia, sem a menor noção do que estava acontecendo. Trump fingiu-se de ignorante para obter benefícios políticos. Bolsonaro é um ignorante convicto.” (Globo)

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