terça-feira, 22 de setembro de 2020

TRE-RJ forma maioria e prefeito deve ficar inelegível no Rio

 


O prefeito carioca, Marcelo Crivella, está a um passo de ser proibido de concorrer à reeleição no pleito deste ano. Seis desembargadores, entre eles o relator do processo, Cláudio Dell’Orto, votaram por sua inelegibilidade no Tribunal Regional Eleitoral. A maioria já está formada — eram necessários quatro votos. O julgamento não se encerrou porque o desembargador Vitor Marcelo Aranha pediu vistas do processo. Prometeu que o traz de volta na quinta-feira, quando votará. A Procuradoria Regional Eleitoral e o PSOL pediram cassação e inelegibilidade do prefeito por conta de um evento onde carros e funcionários públicos municipais, durante o expediente, foram utilizados para campanha eleitoral do filho de Crivella, Marcelo Hodge. Durante seu discurso, o prefeito agradeceu o empenho da Companhia de Limpeza Urbana na ajuda a seus candidatos. Os desembargadores consideraram que houve uso de dinheiro público para benefício do candidato, constatando abusos do poder econômico e político. (G1)

Então... Vitor Aranha, que pediu vistas do processo, foi professor do senador Flávio Bolsonaro, o filho Zero Um, que constitui um dos principais aliados políticos de Crivella. Ele chegou ao TRE no início do mês, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro. Aranha não é juiz de carreira, entrou numa das vagas de advogado. Tampouco compunha a lista tríplice dos recomendados pela OAB — entrou na última hora, quando outro teve sua candidatura impugnada. (Crusoé)

Pois é... Flávio Bolsonaro era para ter estado no Rio, ontem. O senador tinha marcada uma acareação, na sede do Ministério Público Federal. Ele e seu suplente, o empresário Paulo Marinho, seriam postos um na frente do outro para que os depoimentos fossem contrastados. Marinho afirmou à polícia que Flávio já estava informado, por um vazamento da PF, de que seria investigado por corrupção no processo das rachadinhas. O senador nega. A assessoria de Zero Um afirma que ele tinha compromisso oficial no Amazonas, mas não detalhou. A jornalista Carla Araújo o encontrou num registro de vídeo ao lado do apresentador de programas policiais Sikêra Jr, com o irmão, Eduardo. Na TV amazonense, os filhos do presidente fizeram piadas com a morte de supostos bandidos. “Com certeza alguém mentiu, né?”, sugeriu Marinho. “Não fui eu.” (UOL)




A TV Globo não realizará debates durante o primeiro turno das eleições municipais — a não ser que haja acordo entre o conjunto de candidatos para que apenas os quatro mais bem colocados no Ibope ou Datafolha participem. Em São Paulo, por exemplo, há dez políticos concorrendo. (BR Político)




A ministra Damares Alves questionou reportagem da Folha de S. Paulo que apontou sua interferência no caso da menina de dez anos que, estuprada, engravidou. Segundo o jornal, Damares trabalhou para impedir o aborto, no Espírito Santo, e mostrou que ela participou de uma videoconferência com membros do conselho tutelar, na cidade de São Mateus. Segundo sua assessoria, a ministra teve uma “conversa motivacional” e não citou o caso durante a reunião. Mas dois funcionários do ministério trabalharam ativamente para pressionar aquelas autoridades locais para evitar a interrupção da gravidez. (Folha)




A diplomacia brasileira trabalha para impedir que o Conselho de Direitos Humanos da ONU debata a crise na Amazônia e investigue o país. “O Brasil não vai se submeter à tutela politizada, disfarçada de um mandato técnico”, afirmou a embaixadora Maria Nazareth Farani Azevedo. O Conselho recomendou oficialmente que o país seja investigado pela primeira vez desde a redemocratização, em 1985. Dificilmente os países membros conduzirão um processo à revelia do Brasil. Mas, lembra Jamil Chade, apenas dias atrás o chanceler Ernesto Araújo aplaudiu a iniciativa do CDH-ONU de investigar por abusos de direitos humanos a Venezuela. (UOL)

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