Impeachment vira arma fácil contra governadores ex-bolsonaristas

 

Até hoje, na história do Brasil, apenas um governador caiu por causa de um processo de impeachment. Foi em Alagoas, em 1957. Ao que tudo indica, porém, o caráter de evento raro está perto do fim. O país vive uma onda de processos de destituição contra mandatários estaduais e, nesta quarta, dois governadores deram mais um passo rumo ao cadafalso: o ex-juiz federal Wilson Witzel, governador afastado do Rio, e o advogado e bombeiro militar Carlos Moisés, governador de Santa Catarina. Reportagem de Felipe Betim explica que, em comum, os dois têm o fato de terem sido eleitos na euforia bolsonarista de 2018 e sem base legislativa sólida. A Volkswagen do Brasil assinou acordo histórico no campo da reparação às violações de direitos humanos pela ditadura brasileira. A montadora, cuja cumplicidade com a repressão aparece no relatório Comissão Nacional da Verdade de 2014, concordou em destinar 36,3 milhões de reais tanto a ex-empregados presos, perseguidos ou torturados pelos militares quanto a iniciativas de promoção de direitos humanos em troca da paralisação de investigações civis contra a empresa sobre o tema. A reportagem de Stephanie Vendruscolo conta que é a primeira vez que uma empresa aceita reparar crimes da ditadura, o que abre um precedente jurídico para que outras companhias sejam investigadas. Jovens estridentes, quase todos brancos de classe média, cultos e impetuosos. A corrente trotskista Liberdade e Luta, ou simplesmente Libelu, nasceu dentro da USP durante os anos de chumbo no Brasil e virou uma lenda dos movimentos estudantis. Agora é tema do documentário Libelu – Abaixo a ditadura. Carla Jiménez conversou sobre a obra que estreia no festival É Tudo Verdade com antigos libelus e com o diretor estreante, Diógenes Muniz. “O jornal precisa de assinantes e de pessoas que reconheçam todo o trabalho por trás da criação e da circulação de uma notícia”, diz a antropóloga Debora Diniz que, ao lado da argentina Giselle Carino, assina uma coluna no EL PAÍS. Duas das maiores autoridades do continente sobre direitos reprodutivos, Diniz e Carino fazem parte de um grupo de vozes que apoiam o lançamento da assinatura da edição do brasileira do jornal. Em outubro, o EL PAÍS Brasil adotará o modelo paywall, quando os leitores têm um limite de textos gratuitos para ler por mês. Conheça mais.

Impeachment vira arma fácil contra governadores ex-bolsonaristas Em fenômeno alimentado pela crise e pela polarização política, nomes que surfaram na onda conservadora são acossados por processos de destituição