quarta-feira, 16 de setembro de 2020

O Brasil registrou 1.090 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 133.207 óbitos desde o começo da pandemia

 O incêndio que está queimando desde meados de julho no Pantanal, o maior bioma úmido do mundo, já destruiu uma área maior do que a cidade de Nova York. Em proporções não antes vistas nos últimos 47 anos, a região mato-grossense sofre com queimadas que já fizeram arder 12% de sua extensão. As imagens da destruição.

A operação da Polícia Federal vê indícios de queimadas deliberadas para criação de área de pasto onde antes era mata nativa. Documentos e celulares de fazendeiros do Mato Grosso do Sul foram apreendidos. Segundo Alan Givigi, delegado, as queimadas começaram em fazendas da região, em espaços inóspitos dentro das fazendas, onde não há nada perto. “O que nos faz entender que não pode ser acidente. Teoricamente, alguém foi lá para isso (colocar fogo). O fogo nesse caso seria para queima da mata nativa para fazer pasto. Já que não pode desmatar, porque é área protegida, coloca fogo e o pasto aumenta, sem levantar suspeita”. (Estadão)

Após os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso decretarem estado de emergência em decorrências de incêndios, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, admitiu que o prejuízo a fauna é grande. “Agora, não pode ser um fogo da proporção gigantesca que está sendo, então por isso que estamos combatendo fortemente”. Em seguida criticou a interrupção do fogo controlado, uma técnica centenária dos agricultores para limpar o pasto e o excesso de mato orgânico.

Ousado, como ficou conhecida a onça-pintada encontrada com as patas queimadas, ainda luta para sobreviver. Ela estava caída no Parque Estadual Encontro das Águas, na região de Porto Jofre, na cidade de Poconé (MT). Estudos apontam que o Brasil detém cerca de 50% das onças-pintadas de todo o mundo — mais de 90% delas estão na América do Sul. No atual período, as maiores ameaças das onças-pintadas são as queimadas na Amazônia e no Pantanal, principais refúgios da espécie. São consideradas quase ameaçadas de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês).

Na tentativa de fugir do fogo, os indígenas locais acabam se expondo a outro risco: a contaminação pela Covid-19. Segundo a Associação dos Povos Indígenas do Brasil, já foram confirmados 31.707 casos. Desde o início do ano, 806 indígenas morreram devido ao novo coronavírus, segundo números da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil). Oficialmente, o Governo contabiliza 419 óbitos, porque não considera indígenas em áreas urbanas.

Nos primeiros 14 dias de setembro deste ano houve mais queimadas na Amazônia do que em todo setembro de 2019. O Inpe registrou 20.485 focos de calor no bioma até 2ª feira (14.set.2020). Em setembro do ano passado, foram 19.925 focos.

Uma reflexão. Os incêndios na Amazônia são naturais? Não, eles não são. Aliás, a criação de unidades de conservação e terras indígenas pode evitar incêndios catastróficos. Apenas 2% dos incêndios que aconteceram em 2020 ocorreram em áreas assim — e o Nexo explica, em 10 tópicos, dúvidas já respondidas pela ciência sobre as queimadas.




O Brasil registrou 1.090 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 133.207 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 813 óbitos, uma variação de -7% em relação aos dados registrados em 14 dias. Em casos confirmados, já são 4.384.299 brasileiros com o novo coronavírus.

Em agosto, o Brasil teve pelo menos 22.770 notificações de mortes por Covid-19, de acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. A marca faz com que a doença seja a maior causa de óbitos para o mês quando considerada a média das mortes, de 2014 a 2018, nos últimos 5 anos com dados disponíveis.

Enquanto isso, uma empresa de Minas Gerais vendeu ao laboratório do Exército Brasileiro (LQFEx) ao menos dois lotes de insumos importados para a fabricação de cloroquina por um valor 167% mais alto do que ela mesma tinha cobrado em venda à mesma instituição dois meses antes. Lembrando que a droga não tem eficácia comprovada contra o novo coronavírus e traz riscos à saúde. O custo total desses contratos mais caros foi de R$ 782,4 mil aos cofres públicos. Documentos obtidos com exclusividade pela CNN revelam que o laboratório do Exército só cobrou explicações por escrito à empresa depois de a compra, já finalizada, ter virado alvo de uma investigação no Tribunal de Contas da União.




12 milhões de dólares serão pagos pela cidade de Louisville, no Estado norte-americano de Kentucky, à família de Breonna Taylor, mulher negra morta pela polícia durante operação que incluiu a invasão de seu apartamento por engano. O acordo é um dos maiores do gênero na história dos Estados Unidos, onde os departamentos policiais muitas vezes são protegidos de pagar indenizações por mortes ocorridas sob sua custódia.

Relembre o caso que ocorreu em 13 de março e, inicialmente, não despertou atenção nacional.

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