segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Campanha eleitoral começa com dificuldade de evitar aglomerações

 


Líder das pesquisas em São Paulo, Celso Russomano (Republicanos) escolheu não fazer campanha no domingo, primeiro dia em que se pode legalmente pedir votos a prefeito e vereador. Em segundo, o prefeito Bruno Covas fez campanha interna, com militantes do PSDB, num encontro que foi transmitido pela rede. O terceiro colocado, que é Guilherme Boulos (PSOL), fez uma caminhada pela Zona Leste, em São Mateus, onde inaugurou um comitê. Boulos e equipe usaram máscaras e um carro de som pedia que as pessoas evitassem aglomerações — mas centenas de apoiadores se aproximaram. O psolista afirmou que, em seu governo, a periferia será o centro e que contesta, simultaneamente, os governos de Jair Bolsonaro e de João Doria. (Estadão)

Bolsonaro esteve no foco do primeiro dia da campanha carioca. O jingle da campanha do candidato à reeleição Marcelo Crivella (Republicanos) afirma que ele está “junto com Bolsonaro”. Crivella se encontrou com candidatos à vereança de seu partido. Ele foi declarado inelegível pelo Tribunal Regional Eleitoral, mas cabe recurso. Já seu principal adversário, o ex-prefeito Eduardo Paes (Democratas), disse que seu plano é se descolar da polarização nacional e que não fará campanha “para puxar saco de Bolsonaro, Lula ou Ciro”. Paes, que foi declarado inelegível quando candidato ao governo do estado, em 2018, e que concorre graças a uma liminar, circulou pelo Complexo do Alemão. A candidata pedetista Martha Rocha caminhou por Copacabana, que criticou os dois. “Os cariocas não querem a possibilidade de fantasmas do passado.” (Globo)

Neste ano, 180 mil mulheres concorrerão a eleições em todo o país — compõem 34% das candidaturas. Representam um aumento tímido, apenas 0,1% mais, do que no pleito municipal anterior. Pela primeira vez, haverá mais candidatos negros do que brancos. São 270 mil negros — ou 50% contra 48% de brancos. E isto faz diferença. Este ano, a verba de campanha e o tempo de propaganda eleitoral no rádio e TV serão proporcionais às candidaturas negras. (Gênero e Número)

Porém... Também este ano mais de 25 mil candidatos que concorreram à eleição em 2016 alteraram a raça declarada no TSE. Destes, 40% deixaram de ser brancos e passaram a se considerar negros. (G1)

Aliás... A publicidade e impulsionamento de posts nas redes sociais pode ser proibida ainda esta semana pelo Tribunal Superior Eleitoral, informa Lauro Jardim. (Globo)




Meio em vídeo: Bolsonaro representa de fato uma ameaça à democracia? Como explicar, então, uma popularidade tão alta? E o que fazer a partir da resposta? Assista.




O decano do Supremo, ministro Celso de Mello, requereu na sexta-feira sua aposentadoria. Ele teria de deixar a Corte em novembro, quando completa 75 anos, mas preferiu antecipar o pedido. Sairá em 13 de outubro. O presidente Bolsonaro já estuda quem pode substituí-lo. (Poder 360)




O auto-proclamado bilionário presidente americano Donald Trump pagou apenas US$ 750 de imposto de renda no ano em que venceu as eleições. Nos 15 anos anteriores a 2016, em dez deles não pagou nada, alegando que perdeu mais dinheiro do que ganhou. Trump está engajado numa briga judicial com o IRS, o equivalente à Receita Federal, por conta da restituição de US$ 79,9 milhões que recebeu após declarar uma perda particularmente grande. A entidade contesta e quer o dinheiro de volta, com juros. Os dados, recolhidos das declarações de imposto de renda do próprio presidente, foram obtidos pelo New York Times. Candidato à Casa Branca, Trump rompeu uma longa tradição de apresentar ele próprio suas declarações à Receita. Agora se sabe por quê — revelam o perfil ou de um empresário dado a constantes fracassos, ou o de quem sonega imposto. A Organização Trump afirma que os dados obtidos pelo jornal são falsos. (New York Times)

Aliás... Donald Trump e Joe Biden se encontram pela primeira vez, amanhã, em um debate presidencial. Não haverá aperto de mão por conta da pandemia e Trump foi sorteado para responder à primeira pergunta do moderador Chris Wallace, da FoxNews. Um dos temas discutidos será a indicação pela Casa Branca da juíza ultra-conservadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte a apenas algumas semanas das eleições. Nunca, na história americana, um juiz da Corte foi indicado no segundo semestre de ano eleitoral. Pela tradição, a indicação é deixada para o presidente eleito. O presidente pediu que seja feito um teste anti-drogas para ter certeza de que seu adversário não estará calibrado no encontro. Jill Biden, mulher de seu adversário, afirmou que o democrata está preparado e tranquilo. Começa às 22h, hora de Brasília, e dá para assistir online. (CNN)

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