terça-feira, 29 de setembro de 2020

Um milhão de mortos

 


Mais de um milhão de mortos por coronavírus. O número é alcançado quase nove meses após o primeiro óbito oficial devido à doença, em 11 de janeiro, e quase sete após a OMS declarar que a Covid-19 era uma pandemia. O dado é baseado em estatísticas reunidas pela universidade americana Johns Hopkins, que registrava precisamente 1.002.129 óbitos até as 6h25 de hoje, horário de Brasília. Especialistas acreditam que os números reais de casos e de mortes são muito maiores — e que a marca já foi superada há várias semanas.

A crise sanitária, que se desdobrou em crise econômica e política, agravou desigualdades já muito acentuadas em todo o mundo. O número — 1 milhão — equivale a 13 Maracanãs lotados ou a toda a população de Maceió. Enquanto as primeiras 500 mil mortes foram registradas em seis meses, as últimas 500 mil foram registradas em apenas três. O número de casos diários de Covid-19 no mundo todo é hoje mais que três vezes maior do que a média diária de abril, período em que o Brasil, Europa e Estados Unidos, entre outros lugares no mundo, começaram a enfrentar medidas duras de quarentena. Ou seja: o planeta nunca conseguiu diminuir a média diária — ou “baixar a curva”. A pandemia segue em aceleração. Nos últimos 30 dias, em média, 5,3 mil pessoas morreram diariamente de Covid-19 no mundo. Esse número é inferior à média diária de abril (6,3 mil) mas superior ao que era registrado em junho (4,4 mil casos por dia).

O Brasil, um dos mais atingidos, registrou 385 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 142.161 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil, nos últimos sete dias, foi de 687 óbitos, uma variação de -15% em relação aos registrados em 14 dias.

Por falar em EUA, o número de novos casos de Covid-19 nos Estados Unidos aumentou pela segunda semana consecutiva em 27 dos 50 estados, de acordo com uma análise da Reuters.

No Canadá, a província de Quebec relatou ontem outro aumento nas infecções diárias. Segundo a imprensa local, o governador François Legault anunciará novas restrições para Montreal, sua cidade mais populosa.

Já Wuhan, na China, não registra novos casos desde maio. Marco zero da pandemia do novo coronavírus, a cidade voltou à normalidade e tem ruas comerciais cheias. Moradores criticam a resposta global à pandemia.

E novos dados confirmam que a letalidade real da Covid-19 é extremamente baixa em crianças de 5 a 17 anos de idade. Entre 1º de março e 19 de setembro, a letalidade calculada para crianças em idade escolar nos Estados Unidos foi de 0,018%, segundo estudo.




Mais de trinta das maiores empresas dos Estados Unidos irão divulgar dados de raça, gênero e etnia anteriormente privados como parte de uma iniciativa da cidade de Nova York e de três fundos de aposentadoria municipais. O objetivo é aumentar a transparência da força de trabalho em empresas que fizeram declarações explícitas de apoio à igualdade após os protestos contra o assassinato de George Floyd pela polícia de Minneapolis e mortes desproporcionais de minorias causadas pela Covid-19. Amazon, General Motors e Goldman Sachs estão entre as 34 empresas que concordaram em compartilhar o documento regulatório.

Pois é... o movimento de empresas brasileiras para aumentar a contratação de negros também tem ecoado nas escolas particulares do Brasil. A demanda por estatísticas da raça de alunos e professores é uma das pautas que as famílias têm apresentado às direções de alguns dos colégios mais caros do país. Levantamento feito pela Folha nos dados do Censo Escolar de 2019 revela que, pelo menos em São Paulo, os dados confirmam a percepção dessas famílias: uma em cada dez escolas privadas da capital paulistana (10% do total) informou ao Ministério da Educação não contar com um único professor negro.





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