terça-feira, 15 de setembro de 2020

Querem desvincular os benefícios previdenciários do salário mínimo e congelar, por dois anos, aposentadorias e pensões

 A equipe econômica tem uma nova proposta para sustentar o pagamento do Renda Brasil, programa do governo que substituirá o Bolsa Família. Os técnicos de Paulo Guedes sugerem desvincular os benefícios previdenciários do salário mínimo e congelar, por dois anos, aposentadorias e pensões. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirma que pode concordar com o congelamento — desde que para quem ganha mais de um salário. Mas o projeto do ministério inclui a ideia de que passe a haver benefícios abaixo deste piso. Desta ideia, Maia discorda. (Estadão)

Os planos para os benefícios destinados a 2 milhões de idosos e pessoas carentes com deficiência são de arroxo. O foco é no Benefício de Prestação Continuada que garante um salário mínimo a quem tem renda familiar de até um quarto de salário. O governo desconfia que, hoje, o auxílio é pago a quem não se adequa ao critério e vai enrijecer na fiscalização. Está em busca de dinheiro. (Folha)

José Casado: “Desde julho, o Planalto recebe pesquisas indicando a formação de nova maioria (um terço) na base eleitoral bolsonarista. É composta por pobres, beneficiários do auxílio emergencial, residentes em pequenas e médias cidades do Norte e do Nordeste. Substitui a fatia do eleitorado de classe média, perdido nas metrópoles. É adesão com discernimento. Quase metade responsabiliza o presidente, mais do que governadores e prefeitos, pela fragilidade do país na pandemia. Há, porém, claro respaldo a Bolsonaro, ancorado na expectativa de continuidade da ajuda. Os pobres temem desemprego e fome na crise do pós-pandemia. É armadilha política porque, sem caixa, o governo terá de escolher beneficiários, dividindo a nova maioria. Mas dá a Bolsonaro a chance de se apropriar de um tema, a desigualdade, monopolizado pela oposição.” (Globo)




Após uma interinidade de mais de três meses, Eduardo Pazuello será nomeado ministro da Saúde. A cerimônia deverá ocorrer amanhã, dia 16. Foi sob comando de Pazuello que foram estabelecidos protocolos mais agressivos para uso de cloroquina no tratamento de Covid-19, por recomendação do presidente Jair Bolsonaro. (Congresso em Foco)




O presidente do Supremo, Luiz Fux, foi testado como positivo para o novo coronavírus. Ele passa bem e deverá presidir a sessão virtual, na quarta.




O cientista político Steven Levitsky, autor de Como as Democracias Morrem, foi designado diretor do Centro David Rockefeller de Estudos Latino-Americanos, da Universidade de Harvard. O departamento, que já foi dirigido pelo brasilianista Kenneth Maxwell, se dedica ao estudo das relações entre EUA e a região. Levitsky é especialista em ascensão de regimes autoritários. (Poder 360)




A Assembleia Legislativa do Rio decide quinta-feira se encaminhará ao plenário denúncia contra o governador Wilson Witzel. Se aprovado por dois terços dos deputados estaduais, na semana que vem, haverá início o processo de impeachment e Witzel terá sido afastado não só pela Justiça, mas também pelo Parlamento. O julgamento será feito por um tribunal misto com cinco deputados e cinco desembargadores, tendo no comando o presidente do Tribunal de Justiça do Rio. (Folha)

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