segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Morte de juíza muda o jogo eleitoral americano

 

A morte da juíza Ruth Bader Ginsburg, na última sexta-feira, promete agitar a campanha eleitoral americana. O presidente Donald Trump afirmou que pretende indicar o nome para substituí-la ainda esta semana, possivelmente uma mulher conservadora. E o senador Mitch McConnell, líder da maioria na Casa, quer começar a sabatina imediatamente e confirmar a substituição ainda este ano. No último ano da presidência de Barack Obama, porém, quando o juiz Antonin Scalia morreu ainda em fevereiro, McConnell já controlava uma maioria republicana no Senado e impediu a avaliação de qualquer candidato do presidente. Afirmava que era ano eleitoral e o presidente eleito é quem deveria determinar quem substituiria o velho magistrado. Agora, a menos de um mês e meio da eleição, mudou a orientação. No centro do debate está a questão do aborto, hoje considerado direito de todas as mulheres americanas, mas que pode ser revertido se houver maioria conservadora na Suprema Corte. (New York Times)

McConnell tem maioria estreita. São 53 senadores republicanos contra 45 democratas mais dois sem partido. Ele precisa de 51 votos para aprovar o nome. Mas há senadores republicanos, em estados onde o voto está muito polarizado, que preferem não atrair a ira de eleitores moderados.

E a virada de mesa republicana está motivando senadores democratas a fazer ameaças. Caso venham a ter maioria no Senado no ano que vem, além da Casa Branca, podem trabalhar para transformar a capital Washington e o território de Porto Rico em estados. Seriam mais quatro assentos no Senado — todos democratas. Seu argumento é de que as constantes viradas de mesa deterioram a democracia e os mobilizarão a jogar no mesmo nível. A Constituição tampouco estabelece limite de cadeiras na Suprema Corte. O Congresso, se democrata, tem o poder de ampliar a representação. (Axios)




A visita do Mike Pompeo ao Brasil causou revolta. Rodrigo Maia chamou a ida do secretário de Estado americano às instalações da Operação Acolhida, em Roraima, na fronteira com a Venezuela, de uma “afronta às tradições de autonomia e altivez” da política externa brasileira. A crítica teve apoio de outros seis ex-chanceleres brasileiros, incluindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Eles ressaltam que faltam apenas 46 dias para a eleição presidencial americana e a visita não condiz com a boa prática diplomática internacional. (Folha)




O presidente Jair Bolsonaro discursará amanhã, por vídeo pré-gravado, na abertura da 75a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Ele afirmará que o mundo persegue o Brasil, defenderá sua atuação contra a Covid-19 e argumentará que o governo atua pelo combate ao desmatamento. (Estadão)




Celso Russomano, candidato do Republicanos da Igreja Universal, de Carlos e Flávio Bolsonaro, lidera a disputa pela eleição à prefeitura de São Paulo, de acordo com pesquisa feita pelo Ibope para o Estadão. Ele tem 24%, seguido pelo tucano Bruno Covas, com 18%, e Guilherme Boulos (PSOL) — 8%. A margem de erro é de três pontos percentuais, de forma que no limite há empate entre Russomano e Covas. (Estadão)

O cenário das eleições municipais é de fragmentação, à direita e à esquerda. Assim, talvez televisão importe. Neste caso, Covas tem uma grande vantagem: quase 35% do tempo. O pessebista Márcio França terá 16% — ele tem 6% do Ibope. E o petista Jilmar Tatto, com 1% das intenções de voto, terá quase 12% do tempo. No Rio de Janeiro, a vantagem era do DEM de Eduardo Paes, que dispõe de 20% do tempo, seguido do prefeito Marcello Crivella, do Republicanos, com segundos a menos — 19%. Luiz Lima, do PSL, tem 16% e Benedita da Silva, do PT, 13%. (Globo)

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