terça-feira, 15 de setembro de 2020

Governo reconhece emergência no Pantanal, fogo é o pior em décadas

 


Uma mancha de cinza e lama escura se estende pela vasta área de incidência de onças-pintadas do Pantanal em Mato Grosso. Não faltam bandos de bichos tentando escapar do incêndio e encontrar água e comida. O fogo que destrói desde meados de julho o bioma mais úmido do planeta engoliu até agora 64,8% dos 108 mil hectares do Parque Estadual Encontro das Águas, nos municípios de Poconé e Barão de Melgaço. O governo federal reconheceu a situação de emergência no Estado do Mato Grosso do Sul em decorrência dos incêndios florestais que assolam a região. Documentos e celulares de fazendeiros foram apreendidos pela Operação Matáá, da Polícia Federal, deflagrada ontem. Os investigadores veem indícios de queimadas deliberadas para criação de área de pasto onde antes era mata nativa.

É a maior série de queimadas na região nas últimas duas décadas, informa o Inpe. As labaredas engoliram 2 milhões de hectares, uma área equivalente a dez vezes os territórios dos municípios de São Paulo e Rio juntos, destaca o Ibama.




O Brasil registrou 19.392 novos casos e 454 novos óbitos nas últimas 24 horas. No total são 4.349.544 brasileiros infectados e 132.117 mortos pela Covid-19 desde o início da pandemia.

A média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 731 óbitos, uma variação de -15% em relação aos dados registrados em 14 dias.

Falando de ciência, versões inaláveis das vacinas contra Covid-19 da Universidade de Oxford e do Imperial College serão testadas para determinar se induzem reação imunológica no trato respiratório, disseram pesquisadores britânicos. Os testes da potencial vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 continuam suspensos nos EUA até que seja concluída uma investigação local sobre um efeito colateral de um voluntário no Reino Unido, mesmo com a retomada dos testes da vacina em outros países.

Um número crescente de cientistas independentes e especialistas em saúde pública pedem às empresas farmacêuticas que sejam mais transparentes a respeito de como conduzem os testes clínicos para suas vacinas. Normalmente, as farmacêuticas não publicam informações detalhadas sobre os ensaios até que sejam concluídos. É para proteger sua propriedade intelectual e vantagem competitiva. Três delas realizaram testes clínicos avançados para vacinas nos Estados Unidos — Moderna, Pfizer e AstraZeneca —, e nenhuma divulgou seus protocolos ou planos de análise estatística. Eles dizem que divulgaram informações suficientes.

A Rússia e a China já começaram a vacinar sob medidas de uso emergencial e estão fechando acordos internacionais para vender suas vacinas experimentais. De acordo com o site Vox, a China já deu vacinas experimentais a centenas de milhares de pessoas, embora estudos rigorosos ainda não tenham sido concluídos. O relatório veio dias depois de nove fabricantes de medicamentos ocidentais se comprometerem a não apresentar uma vacina até que ela fosse completamente examinada quanto à segurança e eficácia, com o objetivo de reprimir os temores públicos de que as empresas estejam sob pressão do governo Trump.




Vida em Vênus? Uma equipe internacional de cientistas encontrou possíveis sinais de vida microbiana no planeta vizinho. Eles detectaram fosfina na atmosfera, gás que, na Terra, só existe por atividade industrial ou produzido por micróbios de ambientes anaeróbicos (sem oxigênio). O trabalho envolveu pesquisadores de várias áreas do Reino Unido, dos EUA e do Japão, e foi publicado no prestigioso periódico científico Nature Astronomy.

Superquente e hostil, Vênus é o último lugar em que imaginaríamos encontrar vida. Com a superfície acidentada e rios de lava, beira os 470 °C. O ar tem alta concentração de dióxido de carbono (97%) e nuvens de ácido sulfúrico. Assista a um vídeo sobre o planeta mais próximo da Terra.

É uma reviravolta inesperada em um lugar onde poucos pensaram em olhar. A noção de que a fosfina venusiana poderia ter sido produzida por organismos vivos pode parecer absurda, reconheceram os membros da equipe. E ainda é uma das teorias mais plausíveis que eles têm. Essas condições existem nas profundezas do interior dos gigantes gasosos Júpiter e Saturno, mas planetas rochosos como a Terra e Vênus simplesmente não têm os ambientes térmicos que permitiriam a fosfina se formar espontaneamente.“Há duas possibilidades de como isso aconteceu, e são igualmente malucas”, disse a astrobióloga do Massachusetts Institute of Technology, Sara Seager. “Um cenário é algum processo planetário que não conhecemos. O outro é que existe alguma forma de vida na atmosfera de Vênus.”

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