A semana se encerra com um tom de esperança raro em 2020, embalada por notícias promissoras sobre uma possível vacina contra o novo coronavírus. Após testes positivos com a chamada vacina chinesa, a Coronavac, em São Paulo, o governador João Doria prometeu que até dezembro o Instituto Butantan receberá 46 milhões de doses do imunizante, desenvolvido em parceria com a empresa Sinovac. Para cumprir a aposta, Doria ampliou de 9.000 para 13.000 o número de voluntários que participam da última fase de testes da vacina. Apesar do otimismo do governo estadual, a reportagem de Gil Alessi mostra que Doria terá que lidar com um possível gargalo de voluntários. O temor de pesquisadores envolvidos no desenvolvimento da Coronavac é que, paradoxalmente, a ideia de que a solução contra o vírus está próxima desestimule pessoas a participar dos testes. Uma vantagem de quem participa: receberá primeiro as doses quando o imunizante tiver sido aprovado. Em seus laboratórios em Pequim, a Sinovac já realizou testes em mais de 50.000 voluntários e diz que terá condições de fabricar quase 300 milhões de doses anuais da vacina. A correspondente do EL PAÍS na China, Macarena Vidal Liy, visitou as instalações do laboratório parceiro do Butantan e conta os bastidores da produção da Coronavac. Enquanto a vacina não é distribuída, a chamada “imunidade de rebanho” é uma das únicas maneiras de impedir a circulação do vírus. A análise de Javier Sampedro explica que Manaus é a primeira cidade a conseguir o feito, mas a capital amazônica está pagando um preço alto por esta opção. Para ler com calma, a história da primeira mulher trans a entrar nas paradas de sucesso, mas cujo nome acabou como uma nota de rodapé dentro da história canônica do soul. Dona de uma voz sincera e poderosa, Jackie Shane caiu no esquecimento da noite para o dia. Seu calvário durou 40 anos, até que um documentário resgatou sua história e lhe permitiu recuperar o amor dos fãs antes de sua morte, em 2019. Outra opção, para ficar em documentários, é assistir O Dilema das Redes, da Netflix. A obra apresenta os objetivos pré-definidos das plataformas sociais e propõe que os efeitos nocivos de seu uso nunca foram acidentais. No entanto, como relata Jaime García Cantero, a crítica do documentário vale para o própria plataforma Netflix, que usa das mesmas táticas das outras redes para manter seus usuários conectados o maior tempo possível. Mas não se sinta mal caso você decida passar o dia jogado no sofá assistindo a televisão ou simplesmente não fazendo nada. A sensação de culpa e a obsessão pela produtividade durante o confinamento são extremamente danosas à nossa saúde mental. Às vezes, “não fazer nada” é o melhor que podemos fazer por nós mesmos, como explica a reportagem de Irene García. O colunista Marcos Nobre é mais uma voz que apoia lançamento da assinatura da edição brasileira do EL PAÍS. Com transparência e o legado de um veículo que tem em sua essência a defesa da democracia, o EL PAÍS fecha seu conteúdo a assinantes em em outubro. “Não basta só informação confiável. Precisa também trazer os temas realmente relevantes para quem quer agir na transformação do mundo", ressalta o filósofo. | ||||||||||
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