O primeiro dos três debates que ocorrerão entre o presidente americano Donald Trump e o ex-vice-presidente Joe Biden, que disputam a Casa Branca, terminou em caos. Aproveitando-se de que a interrupção era permitida pelas regras, Trump não permitiu que Biden completasse frases, atravessando suas respostas quase todas as vezes. “Os dois candidatos expressaram uma rejeição ácida um do outro jamais visto na política americana moderna”, observou o New York Times. “O evento mais esperado do trecho final da campanha foi um espetáculo incontrolável de interrupções e intimidação, de vozes alteradas e explosões”, descreveu o Washington Post. “Foi um debate marcado por interrupções e insultos”, seguiu o Wall Street Journal. Exasperado, em alguns momentos Biden deixou clara sua irritação. “Cala a boca, cara”, disse ao presidente da República. “É difícil passar uma mensagem com esse palhaço”, disse noutro momento, para logo se corrigir, “quer dizer, com esta pessoa.” Talvez o momento mais surpreendente foi aquele em que o moderador, Chris Wallace, pediu a Trump que condenasse o grupo Proud Boys, uma milícia particularmente agressiva de supremacistas brancos. “Proud Boys, segurem a onda mas fiquem atentos”, disse o presidente. “E tenho de dizer, é preciso que alguém faça algo a respeito dos antifa e da esquerda.” Biden imediatamente respondeu. “O próprio FBI diz que este grupo é supremacista branco e antifa é uma ideia, não é uma organização.” Assista. (Twitter) A CNN americana realizou uma pesquisa ontem mesmo, após o debate, perguntando aos americanos sua avaliação. 60% consideraram que Joe Biden teve a melhor performance. E 28% indicaram Trump como vencedor. O mesmo painel de espectadores também fez um prognóstico antes do debate. 56% acreditavam que Biden seria melhor e, 43%, Trump. (CNN) Pois é... Joe Biden citou o Brasil. “A Floresta Amazônica está sendo destruída, arrancada”, ele afirmou em dado momento. “Mais gás carbônico é absorvido ali do que todo carbono emitido pelos EUA. Tentarei ter a certeza de fazer com que os países ao redor do mundo levantem US$ 20 bilhões e digam (ao Brasil): ‘Aqui estão US$ 20 bilhões, pare de devastar a floresta. Se você não parar, vai enfrentar consequências economicas significativas.’” O candidato não deixou claro que consequências são estas, mas já indicou que se alinhará com as nações europeias na pressão que fará sobre o governo Bolsonaro caso seja eleito. (Globo) Nate Silver: “Não sei se compro a tese de que foi o ‘pior debate da história’. Biden não estava particularmente afiado, principalmente nos primeiros 30 minutos. Mas sua performance foi correta. Não era ele o sujeito que estava interrompendo a toda hora, ou que se recusou a respeitar os resultados das eleições, ou que fugiu de responder se denunciava movimentos supremacistas brancos. E não era ele o sujeito que precisava vencer, afinal é ele quem está à frente das pesquisas.” (FiveThirtyEight) A Justiça Federal derrubou as novas resoluções impostas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente. Na segunda-feira, o Conama havia derrubado três normas de proteção ambiental, em essência permitindo o avanço de projetos imobiliários sobre áreas de restinga e manguezais, assim como afrouxando o uso de agrotóxicos. A decisão é liminar e cabe recurso. (Poder 360) Meio em vídeo: Começamos esta semana o período de campanha eleitoral para prefeitos e vereadores. No Brasil, é como se fosse uma eleição menor. A tradição do país é centralizadora, importante é a capital que define os destinos da nação. Arquiteto, urbanista, Washington Fajardo é talvez quem melhor conheça os dilemas das cidades brasileiras. E é ele nosso entrevistado da semana. Assista. |
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