sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Bolsonaro: Brasil ‘de parabéns’ na preservação ambiental

 


O fogo já toma quase metade das áreas indígenas regularizadas na região do Pantanal, revelou um levantamento inédito da Agência Pública. A apuração, que analisou todos os focos de incêndio registrados em 2020, revelou que o número começou a aumentar no final de julho, mas explodiu em agosto e setembro – 72% dos focos do ano ocorreram apenas nesses meses. Os dados de satélite revelam também que, em alguns dos locais que mais sofreram com as queimadas, os focos de incêndio surgiram e se multiplicaram primeiro em propriedades privadas. Além disso, parte do fogo teve início em áreas de reserva legal e de mata nativa de donos de terra, que são protegidas por lei e devem ser preservadas.

Em meio ao aumento recorde nas queimadas no Pantanal, o presidente Jair Bolsonaro disse ontem que o “Brasil está de parabéns” pela forma como preserva o seu meio ambiente. A declaração foi dada durante a inauguração de uma usina fotovoltaica no interior da Paraíba.

Pois é... a fumaça das queimadas que atingem o Pantanal chegou ao Sudeste e à cidade de São Paulo. A expectativa é em relação à possibilidade de “chuva negra” até o próximo domingo em todo o município, a exemplo do que ocorreu em agosto do ano passado com o material particulado que veio da Amazônia.




O Brasil registrou 857 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 135.031 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 779 óbitos, uma variação de -9% em relação aos dados registrados em 14 dias. Em casos confirmados, já são 4.457.443 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 35.757 desses confirmados no último dia. A média móvel de casos foi de 31.097 por dia, uma variação de -22% em relação aos casos registrados em 14 dias.

O mundo ultrapassou a marca de 30 milhões de casos confirmados do novo coronavírus, apontou o monitoramento da Universidade Johns Hopkins. O número de mortos pela Covid-19 desde o início da pandemia em todo o planeta passa de 943 mil. Os Estados Unidos continuam sendo o país com o maior número absoluto de casos. Em seguida, vem a Índia. O Brasil aparece em terceiro lugar.

Atila Iamarino: “Até quando e até onde vai, não sabemos. O atraso de registros e a falta de testes deixam o cenário tão opaco quando o céu de Cuiabá com a fumaça do Pantanal. Com certeza tem muito esforço por trás dessa queda, trabalho de profissionais de saúde, prefeitos, governadores e quem mais tenta fazer sua parte. Mas nossa situação é tão descoordenada que não reconhecemos uma causa universal. Em países europeus, puderam medir o efeito de cada decisão na redução de casos: fechamento de escolas, de comércio, proibição de aglomerações e afins, já que foram medidas federais acompanhadas de testes. Aqui, a explicação mais próxima da realidade que ouvi foi a fala de Mandetta ainda em março, dizendo que a Covid-19 seria sazonal e veríamos uma redução de casos parecida com a da gripe, entre o final de agosto e começo de setembro.” (Folha)




Hans Kluge, diretor da Organização Mundial da Saúde na Europa. “Estamos diante de uma situação muito grave. Os novos casos semanais na Europa já superam os registrados durante o primeiro pico da pandemia. Na semana passada foram contabilizados mais de 300.000 infectados”.

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