O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, deve voltar à pauta nacional nesta quarta, quando os ministros do STJ decidirão se ele deve seguir ou não fora do cargo, como determinou de maneira monocrática o ministro Benedito Gonçalves. O afastamento apressado é um limite perigoso que foi rompido e que exige um basta das forças legais, avalia o cientista político Fernando Limongi, em entrevista. “Temos um núcleo de poder claramente decidido a atravessar a legalidade. É hora de alguém dizer basta”, diz.
Em Brasília, o Governo anunciou que irá prorrogar o pagamento do auxílio emergencial por mais quatro parcelas, no valor de 300 reais cada uma. Trata-se de metade do atual benefício, de 600 reais, que começou a ser pago em abril. O anúncio foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, de parlamentares aliados e outros integrantes do Governo, pouco após a divulgação de uma queda recorde de 9,7% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre. “600 é muito para quem paga, no caso o Brasil. E podemos dizer que não é o valor suficiente muitas vezes para todas as necessidades, mas basicamente atende. Até porque o valor defendido agora há pouco [de 300 reais] é superior ao do Bolsa Família. Então nós decidimos aqui, até atendendo a Economia em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em 300 reais”, afirmou o presidente. A reportagem de Heloísa Mendonça mostra que o auxílio emergencial ajudou a atenuar os efeitos da pandemia, que arrastou o país para a recessão. O esforço de acalmar o mercado e atender a Guedes também transparece na proposta de orçamento para o próximo ano apresentada pelo Governo. A nova proposta prevê a redução de investimentos em Infraestrutura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, enquanto aumenta timidamente as despesas com Saúde, Educação e Defesa. Já o programa Renda Brasil ―que deve extinguir o Bolsa Família (uma marca dos Governos petistas)― ainda não consta da programação orçamentária. O projeto ainda será submetido ao Congresso.
E, em um momento em que se busca obter uma vacina eficaz para evitar a covid-19, a imunização contra a gripe ilustra a dificuldade de se criar profiláticos eficazes. A reportagem de Daniel Mediavilla mostra que, em um bom ano, a vacina contra a gripe protege entre 50% e 60% dos que a recebem. Em 2018, sua eficácia só chegou a 25%.
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quarta-feira, 2 de setembro de 2020
F. Limongi: “Ação contra Witzel passou a linha do Estado de direito”
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