terça-feira, 8 de setembro de 2020

O custo da pandemia para as crianças

Brasil

O Brasil retoma a rotina após um feriadão em que as praias lotadas exibiram os paradoxos de um país que tenta superar o pior da pandemia enquanto discute o melhor momento para voltar às aulas na maioria das cidades. Um dos aspectos do debate é o alto preço pago pelas crianças mantidas em diferentes regimes de confinamento desde março. Reportagem de Marina Rossi ouve pais e também especialistas sobre as reações dos pequenos à quebra radical de rotina e convivência. Da Espanha, onde 8,2 milhões de estudantes começaram a voltar aos colégios a partir desta segunda-feira, vem o consenso mínimo para projetar um retorno seguro: assim é a escola que tenta resistir ao coronavírus.
Em Brasília, o segundo 7 de Setembro de Jair Bolsonaro no poder teve uma cerimônia enxuta por causa da pandemia. Ainda assim, o presidente repetiu seu número: desprezou as medidas de distanciamento social. À noite, discursou na TV celebrando o golpe de 64 como a ruptura que salvou o país do "comunismo". O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também usou a data para polarizar com Bolsonaro e lembrar que 2022 está logo ali: gravou um discurso de 23 minutos, comentando da política econômica à política externa.
O feriado também trouxe a estreia de Narciso em férias, documentário os diretores Renato Terra e Ricardo Calil, no Festival de Veneza. No filme, Caetano Veloso narra sua prisão durante a ditadura militar brasileira. Em entrevista à repórter Joana Oliveira, o cantor baiano contou que nunca desistiu do sonho de fazer cinema, disse que acha as séries de TV "chatíssimas" e falou de sua visão do país: "Se não buscarmos dentro de nós o que temos de energia histórica para fazer, pelo que somos, algo bom ao mundo, perdemos a exigência de agir e pensar de modo consequente."
Crianças pagam preço na pandemia: “Eu ‘tô’ com saudade do planeta inteiro”

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