A “fábrica de oficiais” por onde passa a política brasileira

 

A política brasileira passa hoje por Resende, no Rio de Janeiro. É lá que fica a sede da  Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) — responsável pela formação militar e pelos valores do presidente Jair Bolsonaro e de boa parte de seus ministros. O general Braga Netto, ministro da Defesa, por exemplo, saiu de lá em 1978. Braga Netto ficou em evidência esta semana por defender voto impresso publicamente, entrando numa seara que os militares não entrariam normalmente. Os movimentos dos líderes de um governo militarizado influenciam os cadetes que se formam todo ano na AMAN. Felipe Betim foi até lá e relata o clima que se vive na cidade que pulsa política involuntariamente. A entrada dos militares no Governo hoje é motivo de reticências. Ocupando cargos estratégicos no Ministério da Saúde, especialmente sob o general Eduardo Pazuello, autorizaram contratos suspeitos, como o da empresa indiana Bharat Biotech, fabricante da vacina Covaxin, e a Precisa Medicamentos. Depois que um servidor do Ministério denunciou uma pressão suspeita sobre tal contrato — incendiando a CPI da Pandemia —, a Bharat anunciou que desfez a parceria com a Precisa, ao mesmo tempo em que alegou que documentos falsos da transação para a compra de 20 milhões de vacinas foram apresentados à Comissão parlamentar como se tivessem sido assinados por executivos da empresa, apontado uma possível fraude. E nesta sexta estrearam oficialmente os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, um alento deresperança e fé no futuro, apesar da tragédia causada pela covid-19. Foi essa a mensagem da abertura dos jogos, conta Robert Álvarez, o correspondente do EL PAÍS em Tóquio. Ali, os 68.000 lugares vazios reforçavam a enorme falta que o público faz e fará nos Jogos mais incertos e estranhos da história. Se os atletas não têm torcida in loco o mesmo não se pode dizer da audiência nas TVs. O Brasil, por exemplo, virou a noite para ver a vitória dos meninos do vôlei sobre a Tunísia e acordou cedo para ver o futebol feminino com Marta e Formiga. Para serenar no final de semana, um texto de Pilar Jacó sobre algo que a rotina nos faz esquecer. Ouvir a voz interior, que silenciosamente nos fala do que sentimos, sobre como estamos, rememora o passado e imagina o futuro. A voz que escutamos durante quase metade do tempo em que estamos acordados. Como melhorar a qualidade da nossa voz interior, principalmente quando enfrentamos problemas ou momentos estressantes? Tudo porque a qualidade da nossa conversa influenciará nosso estado de ânimo e o resultado do que fazemos.

A “fábrica de oficiais” por onde passa a política brasileira dos militares A AMAN é responsável pela formação militar e pelos valores que as Forças Armadas abraçam. Os mesmos que norteiam o presidente Bolsonaro e seus principais ministros, influenciando as decisões políticas do Brasil de hoje