terça-feira, 27 de julho de 2021

Pegou muito mal entre a comunidade judaica o encontro do presidente Jair Bolsonaro com a deputada alemã Beatrix von Storch

 Triplicar, não; dobrar, pode ser. Após prometer vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso na Lei de Diretrizes Orçamentárias, o presidente Jair Bolsonaro negocia uma “conta de chegada” com a base parlamentar. A ideia é reduzir o valor para R$ 4 bilhões, mais que o dobro do valor gasto na eleição geral de 2018, mas abaixo do previsto na LDO. A apoiadores, Bolsonaro disse que vetaria “o excesso de R$ 2 bilhões”, mas não há previsão legal para isso. Ele terá que vetar integralmente o fundo e enviar ao Congresso um novo projeto com o valor desejado. (G1)

Enquanto negocia o não-tão-fundão, Bolsonaro costura a aliança com o Centrão, que pode tomar rumos não previstos. Segundo Igor Gadelha, Bolsonaro tem avaliado nomear o senador Ciro Nogueira (PP-PI) não para a Casa Civil, mas para a Secretaria-Geral da Presidência. A ideia é que, como a Casa Civil coordena atividades de outros ministérios, na secretaria Ciro estaria mais livre para fazer a articulação com o Congresso. (Metrópoles)

Correndo por fora, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tenta podar o futuro Ministério do Emprego e Previdência, que será entregue ao hoje secretário-geral Onyx Lorenzoni. Sob o argumento de dar à nova pasta uma “estrutura mais enxuta”, ela ficaria sem áreas chave, como a assessoria parlamentar, e sem o polpudo FGTS, do qual Guedes não quer abrir mão. (Folha)




Que a relação entre Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão azedou há muito tempo não é novidade. Mas ontem o presidente deixou isso explícito em entrevista a uma rádio paraibana, ao dizer que seu vice “às vezes atrapalha”. Para 2022, Bolsonaro afirmou que escolherá um vice com mais cuidado, alguém com “perfil agregador”, e comparou a função a um cunhado: “Você casa e tem que aturar, não pode mandar embora”, disse. (Estadão)




Juliana Dal Piva: “Interlocutores do PM aposentado Fabrício Queiroz contaram que ele tem reclamado no círculo bolsonarista de um ‘abandono’ e também da falta de ajuda para arrumar emprego. Há tempos reclama da situação financeira. Até o fim de 2018, boa parte da família dele tinha cargos no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj.” (UOL)




Pautas econômicas e sociais, como educação e saúde. Esse é o foco das campanhas de Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT) para conquistar — no caso de Lula, reconquistar — o voto conservador, particularmente evangélico. A tendência com isso é que pautas identitárias, em especial a agenda LGBTQIA+, devem ser deixadas de lado na corrida eleitoral. (Folha)




Pegou muito mal entre a comunidade judaica o encontro do presidente Jair Bolsonaro com a deputada alemã Beatrix von Storch, vice-presidente do partido de extrema-direita Alternativa pela Alemanha (AfD, em alemão). Além de ser famosa por posições xenófobas e antissemitas, ela é neta de Lutz Graf Schwerin von Krosigk, ministro das Finanças de Adolf Hitler. (Poder360)

Por via das dúvidas, o Ministério da Ciência e Tecnologia apagou de seu site uma foto do ministro Marcos Pontes com a deputada. (Globo)

Jamil Chade: “Considerado como tóxico, o AfD passou a ser monitorado em seu país de origem sob a suspeita de tentar desestabilizar a democracia, além de ser recebido apenas por regimes controversos, ditaduras e violadores de direitos humanos. O Itamaraty não foi consultado sobre a visita a Bolsonaro, e o encontro ocorreu sem o conhecimento da diplomacia.” (UOL)

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