Augusto Aras não levou a indicação ao Supremo, mas ficou com um prêmio de consolação. Ontem Jair Bolsonaro recomendou ao Senado, a quem cabe a aprovação, que Aras seja reconduzido ao cargo de procurador-geral da República. Mais uma vez o presidente ignorou a lista tríplice elaborada pelos procuradores. Indicar um integrante da lista foi uma tradição inaugurada em 2003 no governo Lula e mantida por Dilma Rousseff e Michel Temer. (UOL)
De acordo com Bela Megale é um jogo tático do Planalto. Agora são dois nomes na fila da aprovação da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. André Mendonça para o Supremo e Aras para a PGR. Alguns senadores desejam Aras no STF mas certamente não querem perdê-lo na PGR. Aprová-lo, tendo chegado depois na fila, poderia gerar constrangimento. O presidente da comissão, Davi Alcolumbre, está segurando a votação de Mendonça. Bolsonaro tenta forçar o voto. (Globo)
Continua a guerra de declarações entre Jair Bolsonaro e o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), em torno do fundo eleitoral. O presidente diz que o Congresso “extrapolou” ao estabelecer o fundo em R$ 5,7 bilhões, reafirma que vai vetá-lo e alega que, pela lei, o reajuste deveria seguir a inflação, o que levaria o fundo a cerca de R$ 2,2 bilhões. Já Ramos, responsabilizado por Bolsonaro pela aprovação, diz que está “na trincheira” contra o presidente e insiste que buscará aval para abrir, como interino, processo de impeachment. (Folha)
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O governo de Angola rechaçou o lobby tentado pelo vice-presidente Hamilton Mourão em favor da Igreja Universal do Reino de Deus, que enfrenta uma rebelião de pastores locais e acusações de lavagem de dinheiro e fraude fiscal. Mourão queria que o presidente João Manoel Lourenço recebesse uma delegação de parlamentares brasileiros ligados à igreja de Edir Macedo, o que não foi aceito. A bancada evangélica cobra do governo Bolsonaro apoio à Universal na situação em Angola. Tentar apaziguar a Universal faz parte da tentativa, por Bolsonaro, de apaziguar o centrão. (Folha)
Por aqui, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) disse que vai acionar a PGR para apurar se Mourão cometeu crime de improbidade ao, numa viagem oficial e usando a força do cargo, interceder em favor de uma entidade privada. (Estadão)
Enquanto isso... Os padres Lino Allegri e Oliveira Braga Rodrigues foram incluídos no serviço de proteção do Ceará após serem hostilizados por bolsonaristas durante a realização de missas. (Globo)
Documentos encaminhados à Advocacia-Geral da União pela Precisa Medicamentos, intermediária na venda da Covaxin indiana ao Brasil, apresentam sinais de adulteração, como assinaturas e manchas de carimbos completamente iguais em mais de uma folha, cores diferentes numa mesma página e trechos encobertos. Em pelo menos dois documentos, nomes e endereços das empresas envolvidas estão escritos incorretamente. (CBN)
Os presidenciáveis tucanos ficaram de penas eriçadas com a entrevista do presidente do PSDB, Bruno Araújo, aos repórteres Gustavo Schmitt e Sérgio Roxo. Araújo disse de forma bem clara que o partido pode abrir mão da candidatura ao Planalto em favor da unidade do centro que a tendência seria que um candidato desse campo procurasse ocupar o espaço de Jair Bolsonaro na disputa. Para o público externo, o governador paulista João Doria disse que Araújo era sensato ao defender a unidade do centro, mas, nos bastidores, seus aliados acusam o presidente da sigla de estar, em conjunto com o deputado Aécio Neves (MG), tentando levar o partido para o centrão e para a órbita de Bolsonaro. No Twitter, o governador gaúcho Eduardo Leite disse não ter dúvida “de que o PSDB oferecerá candidatura forte eleitoralmente”. (Globo)
Cada um no seu canto, Bolsonaro e Lula atacaram a ideia de uma terceira via. Para o presidente, uma candidatura alternativa não vai “atrair a simpatia da população”. Já o petista diz que ela é “uma invenção de partidos que não têm candidato”. (Globo)
Assim como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D’Ávila (PCdoB) tiveram seus registros no SUS adulterados por um ataque hacker e constavam como mortos no sistema. O crime teria acontecido em 2019, mas as vítimas só descobriram ao tomarem a vacina contra Covid-19. Gleisi já conseguiu recuperar seu cadastro. (Poder360)
Meio em vídeo. No Conversas com o Meio desta semana, o professor Wilson Gomes, doutor em Filosofia e titular da Faculdade de Comunicação da UFBA, faz um panorama do cenário político do país. Da operação Lava Jato, do antipetismo até a ascensão do presidente Jair Bolsonaro e as ameaças de golpe de Estado. O Brasil tem conserto? Confira no YouTube.
O telefone do presidente francês Emmanuel Macron e de outros 13 chefes de Estado ou de governo estão entre os números potencialmente infectados com o spyware Pegasus, desenvolvido pela empresa israelense NSO. A lista com 50 mil pessoas que teriam sido grampeadas foi obtida pela Anistia Internacional e analisada por um consórcio de veículos de comunicação independentes. A NOS não reconhece a lista e diz que Macron não estava entre os alvos de seus clientes, embora não revele para quem licencia o programa. (Guardian)
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