As dificuldades impostas pelo ensino remoto estão aumentando a distância entre os estudantes pobres brasileiros e suas escolas e, com isso, agravando o abismo educacional no Brasil. Em 2020, 172.000 crianças e adolescentes abandonaram os estudos no país e, no momento em que Estados e municípios começam a discutir uma retomada presencial, estima-se que 1,5 milhão de jovens estejam nesta situação. A repórter Beatriz Jucá conta os malabarismo que milhares de brasileiros tiveram que fazer diariamente para seguir estudando à distância antes de desistirem. “Me sinto desmotivada. Queria ser médica, mas acho difícil que consiga um dia”, conta Érika Maciel de Souza dos Santos, de 16 anos, que, sem celular e internet adequados, abandonou o último ano do Ensino Médio e desistiu de prestar o Enem. Principal porta de entrada de estudantes nas universidades, a prova foi um termômetro do problema: teve neste ano apenas 3,1 milhões de inscrições confirmadas, o menor número desde 2005, uma consequência, segundo especialistas, também da perda de vínculo dos alunos com a escola durante o longo período de ensino remoto. O retorno das aulas está condicionado ao controle da crise sanitária e à imunização em massa da população. Na América Latina, a maioria dos habitantes quer ser vacinada contra a covid-19, mas este número não é esmagador, nem homogêneo e, portanto, é insuficiente. Com dados e informações de países da região, Jorge Galindo destrincha as razões que alimentam o sentimento antivacina e colocam o controle da pandemia em risco. Na Tunísia a semana começou com uma forte guinada autoritária promovida por seu presidente, o populista Kaïs Saied. De Túnis, o correspondente do EL PAÍS conta que o mandatário suspendeu as atividades do parlamento, demitiu o primeiro-ministro, Hichem Mechichi —com quem tinha atritos desde janeiro— e invocou para si os plenos poderes no país. Ibrahim Bartaji, o ministro da Defesa, e Hasna Ben Slimane, porta-voz do Governo e ministro interino da Justiça, também foram destituídos de seus cargos. Uma movimentação que coloca a jovem democracia— que emergiu durante a Primavera Árabe de 2011— em risco. Limitações à capacidade reprodutiva, a masculinização das atletas e até mesmo uma suposta condução da mulher ao lesbianismo já foram desculpas utilizadas para limitar a participação feminina nos Jogos Olímpicos. Hoje, 125 anos depois dos primeiros jogos da era moderna, as mulheres seguem lutando para conquistar seu espaço em uma competição historicamente masculina. A recente polêmica envolvendo os uniformes das equipes femininas é prova de como ainda existem tabus a serem superados. Carlos Arribas conta mais sobre a história da desigualdade de gênero dentro da competição e alerta: apenas nos Jogos de Paris em 2024 é que as mulheres alcançarão a paridade. | |||||
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