segunda-feira, 12 de julho de 2021

Direita recalcula sua rota por espaço entre Bolsonaro e Lula


Enquanto o presidente Jair Bolsonaro vê sua popularidade derreter nas pesquisas, políticos de partidos de centro-direita se articulam para emplacar um nome suficientemente forte para fazer frente ao duelo entre o ultradireitista e o ex-presidente Lula (PT), que lidera as mais recentes sondagens no Brasil. Mas as articulações por uma terceira via —uma candidatura de centro-direita— enfrentam grandes desafios, como a falta de projeto comum entre as legendas e ausência de consenso em torno do impeachment do mandatário, cada vez mais defendido pela população. Neste momento, a centro-direita se fecha em torno do debate sobre como se posicionar no Congresso já a partir desta semana.  “Bolsonaro não estará no segundo turno”, disse o presidente do PSD, Gilberto Kassab, ao repórter Flávio Freire, que assina a reportagem que abre esta edição. A costura em linha fina de uma candidatura de centro-direita tem como pano de fundo o avanço das investigações na CPI da Pandemia, cujas denúncias respingam cada vez mais no Planalto —70% acreditam que há corrupção no Governo.

O mundo se move com a pandemia também em Cuba. Neste domingo, manifestações nas ruas de Havana e outras cidades surpreendeu o governo da ilha caribenha. Gritos de “liberdade” e “abaixo a ditadura” puderam ser ouvidos na Havana Velha, coração da capital do país, amplificados pelas redes sociais, que nos últimos meses têm abalado o cenário político cubano. Os protestos acontecem quando Cuba vive o pior surto da pandemia há algumas semanas, uma terceira onda concentrada principalmente em Havana. 

O final de semana foi dominado pelo futebol. E por um Maracanazo no Rio de Janeiro. Outro, equivalente, em Londres. Diante de 60.000 torcedores, a maioria ingleses, a seleção da Itália derrotou neste domingo, na disputa de pênaltis, os adversários da Inglaterra, que lutavam para pôr fim à seca de mais de 55 anos sem títulos na Eurocopa 2021. Maracanazzo britânico, no estádio de Wembley, deixou o Reino Unido perplexo. Mas a derrota do Brasil no Maracanã para a Argentina dividiu os brasileiros, que apesar da rivalidade histórica com os hermanos, tinham críticas à seleção brasileira e à realização da Copa América no país.

A vitória sobre o Brasil em seu campo mais simbólico fez justiça ao maior craque em atividade da Argentina, Lionel Messi, considerado um dos melhores jogadores da história, mas que era assombrado por não ter conduzido sua principal seleção a nenhum título até então. "Agradeço a Deus por me dar este momento contra o Brasil na final e em seu país. Acho que este momento estava guardado para mim”, comemorou Leo, entre lágrimas. Os repórteres Diogo Magri, que acompanhou in loco a final da Copa América, e os correspondentes Diego Mancera e José Sámano, contam como foi o fim de semana de vitórias e derrotas que entrarão para a história do futebol mundial.

Em outra arena, o Brasil começa a vislumbrar vitórias. As duas últimas semanas trouxeram boas notícias aos brasileiros: o país observa uma queda na média móvel de mortes e uma redução nas internações hospitalares por covid-19 na maioria dos Estados. Para especialistas ouvidos pela repórter Beatriz Jucá, embora ainda seja cedo para celebrar e o momento requeira cuidados, os sinais de desaceleração do vírus vêm do avanço da vacinação, que ganhou ritmo, finalmente. No domingo, o Governo de São Paulo anunciou mais uma antecipação no calendário de imunização no Estado e confirmou que dará início à vacinação de adolescentes a partir de 23 de agosto. “Daqui a 40 dias todos os adultos que vivem em São Paulo estarão com pelo menos uma dose da vacina no braço”, afirmou o governador Doria. Ainda é uma dura batalha contra a covid-19, que já vitimou 533.488 pessoas até o domingo. Mas, o país já vê a luz no fim do túnel depois de um ano e meio de tormento.


Direita recalcula sua rota cavando espaço entre Bolsonaro e Lula
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Fora da órbita bolsonarista, centro-direita sofre com a falta de projeto comum para 2022, enquanto busca unidade em torno do impeachment do presidente
Cuba vive maiores protestos contra o Governo desde 1994
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Milhares foram às ruas protestar contra o Governo cubano, impulsionadas pela grave crise sanitária e econômica, com gritos de "abaixo a ditadura"

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