O Tribunal de Contas da União (TCU) deu dez dias para que o Ministério da Saúde explique por que o preço da vacina indiana Covaxin saltou 50%, de US$ 10 para US$ 15 por dose entre a primeira negociação e o fechamento do contrato. O ministério também não respondeu ainda se foi feita pesquisa de preços antes que fosse firmado o acordo, intermediado pela Precisa Medicamentos, cujo dono é investigado em denúncias de fraudes. O chefe do setor de importações do ministério, Luis Ricardo Fernandes Miranda, disse ter sido pressionado a acelerar a aprovação do contrato. (Estadão)
O ministro do STF Ricardo Lewandowski deu prazo de cinco dias para que a CPI explique por que foi adiado o depoimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Na comissão, o deputado Luís Miranda (DEM-DF), irmão de Luis Ricardo Miranda, disse ter levado a Jair Bolsonaro as denúncias de irregularidades na compra da Covaxin e que o presidente comentara que era “um rolo” de Barros. O líder do governo afirma que, ao adiar seu depoimento, a CPI cerceia seu direito de defesa. (Veja)
E há uma nova denúncia envolvendo a intermediação da Davati Medical Supply na suposta compra de doses da AstraZeneca. A negociação em nome do Ministério da Saúde estava sendo conduzida por uma entidade religiosa sem qualquer ligação com a pasta. A Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), que não é um órgão do governo, tem como presidente o reverendo Amilton Gomes de Paula, que aparece em diversos e-mails trocados entre o ministério e a Davati. (G1)
E por falar... Numa gravação de março, o cabo da PM Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante da Davati, disse que Bolsonaro sabia das negociações para a compra de vacinas com intermediação. A mensagem estava em seu celular, apreendido pela CPI. (Globo)
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou um pedido para criação de uma CPI para investigar o suposto envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) num esquema de “rachadinhas” quando foi deputado federal, entre 1991 e 2018. A denúncia veio da ex-cunhada de Bolsonaro, Andrea Siqueira Valle. (UOL)
Deputados do PSOL encaminharam à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido para que investigue a denúncia das rachadinhas, mas é improvável que isso aconteça. Pela lei, o presidente só pode ser investigado por atos inerentes ao cargo e cometidos durante o mandato. (Globo)
E o STF formou maioria para arquivar o pedido de investigação do depósito por Fabrício Queiroz de cheques na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Seis ministros seguiram o parecer da PGR de que não há “lastro probatório mínimo” ligando os cheques ao presidente, não cabendo ao Supremo analisar o caso. (G1)
Ouça: A repórter Juliana Dal Piva ancora o podcast UOL Investiga: A vida secreta de Jair. Ela é a jornalista que acompanhou mais a fundo o caso das rachadinhas.
A reprovação ao presidente Jair Bolsonaro atingiu seu maior nível, chegando a 63%, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). No levantamento anterior, em fevereiro, ele era reprovado por 51%. A aprovação caiu de 44% em fevereiro para 34% agora. A avaliação do governo como um todo também piorou. Os que consideram a administração ruim ou péssima foram de 36% para 48%, enquanto os que a consideram ótima ou boa foram de 30% para 23%, e regular de 33% para 28%. (Metrópoles)
A CNT divulgou ainda pesquisa de intenção de votos para 2022. No primeiro turno, o ex-presidente Lula (PT) teria 41,3% dos votos, contra 26,6 do presidente Bolsonaro (sem partido), 5,9% tanto de Ciro Gomes (PDT) quanto de Sérgio Moro (sem partido), 2,1% de João Doria (PSDB) e 1,8% de Luiz Henrique Mandetta (DEM). Num eventual segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 52,6% a 33,3%. (Metrópoles)
O Partido Novo anunciou ontem seu apoio formal ao pedido de impeachment de Jair Bolsonaro. Em nota, a legenda disse ter concluído “de forma inequívoca que o presidente cometeu diversos crimes de responsabilidade”, citando as denúncias de corrupção na compra de vacinas e o descaso do governo com a pandemia. (UOL)
Dirigentes do PCO tentaram justificar a hostilidade contra tucanos e integrantes de outros partidos no ato em São Paulo pelo impeachment no último sábado. Nas redes sociais, porém, integrantes de outras siglas de esquerda condenaram a agressão, e os militantes do PSDB disseram que vão continuar participando dos protestos. (Folha)
Ideia fixa do presidente Bolsonaro, a adoção do voto impresso pode nem chegar ao Plenário da Câmara. Ontem a comissão especial que analisa a medida votou um requerimento para que ela fosse retirada de pauta, com empate de 15 a 15 e voto de Minerva do relator, Filipe Barros (PSL-PR), que defende o voto impresso. O resultado indica que há chance real de, na votação do relatório, o projeto ser derrotado ainda na comissão. (Poder360)
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