terça-feira, 13 de julho de 2021

André Mendonça, o candidato “terrivelmente evangélico” de Bolsonaro

 



“Abaixo a ditadura” e “Pátria e vida” gritavam os manifestantes que tomaram as ruas de Cuba neste domingo. O dia seguinte aos maiores protestos sociais no país desde os anos noventa, uma expressão de descontentamento sem precedentes, foi de tensão. De Havana, Mauricio Vicent conta que, nesta segunda, houve cortes de internet e telefone e uma inusual declaração de Miguel Díaz-Canel na TV, que acusou os EUA de terem instigado os atos. De Washington, Amanda Mars conta que Joe Biden, até o momento, não afrouxou as sanções impostas por Donald Trump e não dá sinais de que seguirá Barack Obama no degelo com a ilha. O EL PAÍS explica os pontos principais para entender o que está acontecendo no país comunista.

Enquanto isso, no Brasil o presidente Jair Bolsonaro prometeu a sua base e cumpriu: apresentou um nome “terrivelmente evangélico” para ser o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal. Pastor presbiteriano, é o atual advogado-geral da União, conservador, à frente do Ministério da Justiça teve uma atuação marcada por episódios de perseguição contra opositores do presidente. Se confirmado pelo Senado, substituirá o decano Marco Aurélio Mello que se aposenta após 31 anos de trabalho na Corte. Gil Alessi conta que, uma vez na corte, Mendonça pode analisar temas como descriminalização do porte de drogas para uso pessoal e ações relativas a pautas educacionais e de costumes, como educação sexual e escola sem partido. “Ele sempre se esforçou para demonstrar publicamente seu alinhamento com pautas conservadoras, especialmente as que são mais sensíveis para as bases do presidente, como costumes e religião”, afirma Rafael Mafei, da USP.

No futebol, porém, os maiores fantasmas sobre a Copa América se realizaram: o saldo do campeonato que fica para o país é amargo. Além da derrota para a Argentina, o evento ― abraçado pelo Governo federal de última hora e em meio ao escalonamento da pandemia de coronavírus no país ― registrou mais contágios de covid-19 do que gols ― 168 contra 60 ― e trouxe uma variante inédita da doença para o Brasil: a cepa B.1.612, oriunda da Colômbia, conta Diogo Magri. Em seu podcast, Miguel Nicolelis afirma que o Brasil não está sozinho em sua decisão de ignorar a pandemia em nome de eventos esportivos e analisa a situação da variante delta no Reino Unido.

Ainda nesta edição, uma conversa com o cineasta Quentin Tarantino, que agora estreia como romancista. Em uma adaptação de seu nono filme Era uma vez….. em Hollywood, Tarantino leva para o papel a ficção onde impede que Família Charles Manson―seita que levava o nome de seu líder― mate a atriz Sharon Tate, esposa de Roman Polanski. Ao EL PAÍS o diretor fala sobre a obra: “Este é o primeiro livro de vários”, diz.


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