quinta-feira, 8 de julho de 2021

Cúpula das Forças Armadas reage a CPI

 


A quarta-feira se tornou um divisor de águas para a CPI da Pandemia. Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde se tornou o primeiro depoente a receber voz de prisão ao ser acusado de mentir. Dias passou boa parte do dia se esquivando da acusação de que teria pedido propina para autorizar a compra de vacinas contra a covid-19 em um esquema fraudulento até ser confrontado com áudios em poder dos senadores e sai preso. O ex-diretor apontou o dedo para os servidores de origem militar lotados no Ministério da Saúde — que foram classificados como o “lado podre” das Forças Armadas pelo presidente da Comissão, Omar Aziz. Com declaração, Aziz tocou num ponto constrangedor para a caserna. Se antes os militares tinham se tornado sócios, com Eduardo Pazuello, da gestão caótica da pandemia, agora eles também povoam o noticiário policial. Em uma nota inusual, Defesa e comandantes das três forças criticaram Aziz, que respondeu na tribuna do Senado: “Podem fazer 50 notas, só não me intimidem. Quando estão me intimidando, estão intimidando o Senado”.

"Bolsonaro é mito sim". Uma criatura mitológica de um Brasil que mata parte de seu povo de forma sistemática, na visão da colunista Eliane Brum: "Precisamos compreender que Bolsonaro é um mito para poder destruí-lo como mito”. "Para destruir o mito precisaremos refundar o Brasil. (…) Só destruiremos o mito criando outra realidade, um Brasil que não negue sua origem de sangue, mas seja capaz de se inventar de outro jeito”, escreve.

No Haiti, o assassinato do presidente Jovenel Moïse nesta quarta, revela a decomposição social e política em que o país caribenho está estagnado desde muito antes de o terremoto de 2010 tê-lo reduzido a escombros. No Estado mais pobre das Américas —com uma história marcada por baixa renda, poucas oportunidades, muita dependência da ajuda externa e constantes obstáculos ao crescimento— o crime coincide com a escalada de violência e a crise sanitária causada pela pandemia, escreve Isabela Cota. Mas afinal, quem assassinou Moïse? Jacobo García conta que o presidente estava cercado de inimigos dentro e fora do país. Senadores, grandes empresários e até mesmo a Venezuela tinham suas desavenças com o mandatário.

Um leal servidor do Império Britânico que criticou o imperialismo, um pacifista que ajudou a financiar as duas guerras mundiais, um liberal que contribuiu para criar a essência das ideias social-democratas. Este foi John Maynard Keynes, o economista mais influente do século XX e que volta à tona agora. Joaquín Estefanía analisa a trajetória do economista que, 75 anos após sua morte, segue inspirando planos econômicos, como os recém-lançados pelos EUA e UE para contornar a crise gerada pela pandemia de covid-19.


CPI aponta para núcleo militar em escândalos e Forças Armadas reagem
CPI aponta para núcleo militar em escândalos e Forças Armadas reagem
Omar Aziz dá ordem de prisão a Roberto Ferreira Dias, fala em “lado podre” da caserna e recebe advertência inusual das Forças Armadas

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