sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Apagões na China, rebeliões em Equador

 



Uma carnificina no presídio de Guayaquil, no Equador, deixou pelo menos 116 mortos e outras dezenas de feridos em meio a uma luta de gangues. “Uma ameaça com poder igual ou superior ao que possui o Estado”, disse uma autoridade prisional do país. O  massacre, que tem caráter reincidente —outros 79 detentos morreram de forma similar em fevereiro deste ano— levou o presidente Guillermo Lasso a decretar 60 dias de emergência em todas as prisões equatorianas. Para além do sangrento embate pelo poder entre os grupos criminosos, o país andino vive um quadro calamitoso de superlotação prisional.

Enquanto isso, na China, novos problemas: os apagões. Ao longo do último mês, 21 das 31 províncias foram obrigadas a adotar algum tipo de medida de racionamento elétrico para suas indústrias ou consumidores residenciais, em meio a temores de que os blecautes gerem um impacto grave na segunda maior economia do mundo. “Na aldeia dos meus avós a temperatura já está abaixo de zero, e informaram que adiaram o momento de ligar os radiadores até não se sabe quando", denunciou um cidadão pela internet. Entre as razões por trás da nova crise, estão o aumento da demanda com a recuperação econômica, o que levou à disparada no preço do carvão.

No Brasil, a pauta dos precatórios —o papel de dívida que o Governo concede aos seus credores— voltou à baila, com o apelo desesperado do ministro Paulo Guedes para que o Congresso e o STF amenizem os efeitos deles no Orçamento de 2022. O Governo tem planos de aumentar os gastos com programas sociais, como o Bolsa Família, para chegar bem posicionado nas urnas. No entanto, abrir espaço no Orçamento para pagar essas dívidas judiciais que não estavam contempladas nas previsões de despesas do ano que vem pode tornar o abacaxi ainda mais difícil de descascar. O Governo projetava pagar cerca de 57 bilhões em precatórios em 2022, mas decisões da Justiça elevaram esse montante para 89,1 bilhões. 

E que tal fugir dos problemas e morar embaixo da terra? Para isso, é preciso ir para o meio do deserto australiano, onde existe uma cidadezinha que oferece as condições perfeitas. Mas não só para isso: é no esconderijo entre os campos áridos que milhares de pessoas fogem das ameaças naturais, do calor sufocante e mesmo de ameaças humanas. Trata-se da inusitada história de Coober Pedy, fundada em 1915 por mineiros em busca de fortuna. Mais de 250.000 buracos depois, hoje o local é a casa de 1.700 pessoas (ou até mais).


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