terça-feira, 11 de agosto de 2020

O país registrou 721 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, chegando ao total de 101.857 óbitos

O país registrou 721 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, chegando ao total de 101.857 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.022 óbitos, uma variação de +2% em relação aos dados registrados em 14 dias. Em casos confirmados, já são 3.056.312 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 20.730 desses confirmados no último dia.

Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde, disse ontem apoiar medidas de afastamento social -  divergindo do próprio discurso e das ações da Presidência da República, como a orientação para abertura. “Medidas preventivas e afastamento social são medidas de gestão dos municípios e estados, e nós apoiamos todas elas, porque quem sabe o que é necessário naquele momento precisa de apoio, e nós apoiamos. Mas fica a lembrança de que, independentemente da medida que se tome, tem que estar aliada à capacidade de triar e procurar se as pessoas estão ou não com sintomas, o tempo todo”.

Aliás, documento elaborado pelo Palácio do Planalto e divulgado ontem com dados do último sábado, traz em destaque os nomes de governadores e prefeitos das regiões com maior número de casos e óbitos por Covid-19. O documento, com nomes de desafetos do presidente Jair Bolsonaro, foi elaborado pela Secretaria de Governo da Presidência da República e distribuído a parlamentares da base aliada.

Pois é. O Ministério da Saúde tem dado destaque ao número de recuperados, chegando inclusive a postar diariamente o que chamou de Placar da Vida, com dados atualizados de "brasileiros salvos", reforçando o número como sinônimo de que o Brasil está conseguindo controlar a pandemia. Especialistas descrevem essa estratégia como "negacionismo". Vamos aos dados. O Brasil contabiliza até agora, 100 mil mortes para 2,2 milhões de recuperados. Isso significa uma pessoa morta para 22 que se recuperaram da doença. Essa proporção é muito inferior à de outros países que conseguiram controlar a pandemia como a Coreia do Sul. Ali, foram 305 mortos para 13,7 mil recuperados. Ou seja, uma pessoa morreu para 45 que se recuperaram da doença.

O Brasil teve pelo menos 24.759 notificações de mortes por Covid-19 em julho. A marca faz com que a doença seja a maior causa de óbitos quando considerada a média das mortes para julho de 2014 a 2018, últimos 5 anos com dados disponíveis.

Sobre as vacinas, o Ministério da Saúde da Rússia concedeu a aprovação regulatória para a primeira vacina contra Covid-19 do mundo, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou, após menos de dois meses de testes em humanos. O anúncio foi feito hoje pelo presidente do país, Vladimir Putin. Ele afirmou que espera que a Rússia comece em breve a produção em massa da vacina, e anunciou que sua filha já recebeu uma dose da substância. À CNN, o secretário de imprensa do RDIF, Arseny Palagin, explicou que a partir do momento que a vacina for registrada, ela poderá ser aplicada em médicos e integrantes de grupos de risco. A eficácia da vacina no Instituto Gamaleya será testada por meio de ensaios clínicos que acontecerão ao mesmo tempo que essa primeira etapa de vacinação.



As aulas nas escolas da rede pública estadual em Manaus voltaram ontem para cerca de 110 mil alunos.O Amazonas é o primeiro estado a retomar as atividades presenciais nas escolas públicas. O governo publicou uma série de medidas que devem ser adotadas pelos estudantes —entre as instruções, está o uso obrigatório de máscaras. As atividades presenciais devem acontecer com apenas 50% dos estudantes nas salas de aula das 123 escolas da capital.
Das 27 unidades da federação, apenas 4 definiram uma data de previsão para a reabertura das escolas após a suspensão das atividades presenciais com a pandemia do novo coronavírus. Entre as capitais, só 2 têm data proposta para o retorno. Levantamento feito pela Folha indica que apenas o Amazonas, Distrito Federal, São Paulo e Paraná já definiram uma data de retorno, ainda que as autoridades afirmem ser apenas uma previsão. Entre as capitais, apenas São Luís (MA) e Belém (PA), anunciaram datas para retornar às aulas. As duas planejam a volta para setembro. O Ministério da Educação não criou até o momento nenhum protocolo de retorno ou anunciou apoio financeiro às redes de ensino.

O governo de São Paulo anunciou que municípios há 28 dias na fase amarela (em que há redução do contágio) podem autorizar o funcionamento de suas escolas, públicas e privadas, em 8 de setembro. Para o Estado como um todo, a previsão de retorno foi adiada para 7 de outubro. Na prática, a decisão sobre a abertura em setembro ficará nas mãos das prefeituras, que sofrem pressão da rede privada para a retomada das aulas. Segundo o Estadão, escolas privadas de educação infantil têm ido à falência ou tiveram redução de até 80% nas receitas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário