Queiroz vai voltar para a cadeia

Fabrício Queiroz vai voltar para a cadeia —e a história dos constrangimentos que traz à família Bolsonaro parece cada vez mais longe de acabar. Detido em junho no âmbito das investigações sobre a prática de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ele recebeu o benefício da prisão domiciliar no mês seguinte, numa decisão controversa. Nesta quinta, o ministro Félix Fischer, do Supremo Tribunal de Justiça, decidiu revertê-la: Queiroz e também a mulher, Márcia Aguiar, devem ir à prisão. A detenção de Aguiar adiciona tensão ao caso. Há semanas se especula que, à diferença do ex-PM, a mulher ou a filha, Nathália, também implicada nos repasses, poderiam decidir colaborar com a Justiça ou conceder entrevistas sobre o tema. Na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro enfrenta pressões para determinar rumo econômico. A reportagem de Naiara Galarraga Gortázar explica que enquanto o negacionismo sobre a pandemia deteriora apoio do Governo entre os mais ricos, o auxílio de 600 reais impulsiona popularidade inclusive no Nordeste, bastião petista, colocando ao presidente um dilema entre renda extra e o teto de gastos defendido por Paulo Guedes. “A pandemia mostra que somos só uma espécie a mais na Terra", diz a Nobel de Literatura Olga Tokarczuk em entrevista ao EL PAÍS. A polonesa autora de Sobre os ossos dos mortos conta que encontrou nesta praga do século XXI uma boa desculpa para refletir.

Fabrício Queiroz e sua mulher devem voltar à prisão, determina STJ Ministro Félix Fischer revoga liminar concedida por presidente do Superior Tribunal de Justiça e volta a pressionar clã presidencial