quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Pandemia desenha o mapa das desigualdades na América Latina

Brasil

Um país mergulhado numa crise econômica profunda, às vésperas de um julgamento histórico capaz de alterar os ânimos políticos e enfrentando alta dos contágios pelo novo coronavírus. Esse já era o frágil cenário do Líbano quando uma megaexplosão em um armazém de explosivos atingiu o porto de Beirute nesta terça-feira. A deflagração gerou uma enorme onda de choque, que foi sentida em toda a capital a vários quilômetros de distância, matou ao menos 100 pessoas e deixou milhares de feridos, que agora colapsam os hospitais. Da capital libanesa, a correspondente Natalia Sancha narra os esforços de resgate do Exército e conta como nenhuma autoridade ousou especular se se trata de um acidente ou de um atentado. O incidente ocorre a menos de 72 horas de o Tribunal Especial para o Líbano, localizado em Haia, proferir uma sentença pelo assassinato ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, vítima de um carro-bomba em 2005.
Em uma decisão sem precedentes na Colômbia, a Suprema Corte do país ordenou a prisão preventiva domiciliar do ex-presidente Álvaro Uribe por crime de suborno e manipulação de testemunhas. Prócer da direita radical no continente, amado e odiado no país, o senador  é também mentor político do atual presidente colombiano Iván Duque. “Sempre acreditarei na inocência de Álvaro Uribe”, declarou Duque.
Também nesta edição, uma análise da marca indelével da desigualdade na trajetória da pandemia nas cidades latino-americanas. Reportagem de Jorge Galindo e Lorena Arroyo, com aportes de repórteres de São Paulo, Lima e Buenos Aires, mostra, com dados e mapas, que, embora o vírus infecte tanto ricos como pobres, há grandes diferenças na capacidade de enfrentá-lo dependendo da classe social.

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