terça-feira, 11 de agosto de 2020

Protestos de rua forçam renúncia de governo. No Líbano.


Demorou seis dias, não mais. O governo libanês renunciou coletivamente após ficar claro que a explosão do último dia 4 ocorreu por inépcia crassa. Ao todo, morreram mais de 150 pessoas, seis mil se feriram e centenas de milhares ficaram sem moradia. No anúncio, feito pelo premiê Hassan Diab, ele afirmou que continuará no comando do Executivo enquanto o Parlamento se reúne com o presidente para escolher o novo gabinete. Diab não chegou a ficar um ano no cargo — seu antecessor, Saad Hariri, havia renunciado em outubro. (New York Times)

Embora as 2.750 toneladas de explosivo estivessem já há anos armazenadas no porto, o governo foi alertado em julho de que sua manutenção na capital poderia causar uma explosão de grande porte. O comitê que analisou a situação foi nomeado pelo próprio governo de Hassan Diab, em janeiro. (Reuters)

O anúncio de Diab, feito pela TV, teve tons de drama. De acordo com ele, a explosão é fruto de um processo de corrupção que vai além do governo e contaminou a sociedade libanesa. A opinião é compartilhada por boa parte da sociedade, que nos últimos dias foi em massa às ruas para exigir a renúncia. (Al Jazeera)

Compreenda: como funciona a política libanesa. (Globo)

O ex-presidente Michel Temer obteve permissão da Justiça Federal para deixar o Brasil no comando de uma delegação humanitária que vai a Beirute. Além de Temer, também o acompanha o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e o marqueteiro do ex-presidente, Elsinho Mouco. O governo federal não esclareceu qual será a função diplomática de Mouco. (Poder 360)



Leandro Colon: “O Brasil atinge a desoladora marca de 100 mil mortos pelo Covid-19 ao mesmo tempo em que novos elementos surgem sobre as ligações entre Fabrício Queiroz e Jair Bolsonaro. Dois temas distintos que dividiram casualmente o noticiário. Eles coincidem em um ponto: o silêncio do presidente da República. A defesa capenga e a falta de esclarecimentos sobre os novos fatos reforçam as suspeitas de que Michelle foi elo do esquema das ‘rachadinhas’ da Assembleia do Rio. É muito grave. Em um país um pouco mais sério, o Congresso cobraria resposta de Bolsonaro e investigaria o caso. Em um país que tem o centrão dando as cartas, isso não vai acontecer. Da mesma maneira o Parlamento se omite no comportamento doloso do governo na pandemia. Ignora a narrativa criminosa do presidente em defesa da hidroxicloroquina e assiste silenciosamente ao naufrágio da gestão militar no Ministério da Saúde. O presidente não precisa se preocupar muito. Pode continuar omisso e tocando sua própria vida enquanto não houver uma reação decente por parte de quem deveria fazê-lo.” (Folha)

Então... Apareceu mais uma: casada com o então deputado Jair Bolsonaro, sua ex-mulher Rogéria pagou R$ 95 mil em espécie por um imóvel, no Rio de Janeiro. A transação ocorreu em 1996 e, corrigido para valores de hoje, seriam R$ 621,5 mil. (Globo)

Pode ser... Mas o Ministério Público do Rio perdeu os prazos para recorrer contra o foro especial garantido pelo TJ do Rio ao senador Flávio Bolsonaro, conta Bela Megale. Ao menos, é o que alega o próprio Tribunal de Justiça. (Globo)



O juiz Flávio Antônio da Cruz, da 11ª Vara Federal de Curitiba, condenou a União a pagar indenização de R$ 59 mil ao coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol. O juiz considerou que o ministro Gilmar Mendes atuava como funcionário público federal quando afirmou que os procuradores eram crápulas e cometeram crimes. “Por mais que se possa criticar a operação Lava-Jato, isso não pode ser feito de qualquer modo, atingindo-se a honra dos servidores do povo que nela atuam”, afirmou Cruz na sentença. O governo deve recorrer. (Globo)



O candidato democrata Joe Biden anuncia nos próximos dias o nome de quem dividirá sua chapa na disputa pela Casa Branca. As quatro finalistas são as senadoras Kamala Harris e Elizabeth Warren, a ex-assessora de segurança nacional Susan Rice e a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer. (New York Times)

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