O Brasil registrou 572 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, chegando ao total de 94.702 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 995 óbitos, uma variação de -5% em relação aos dados registrados em 14 dias. A última vez que o país tinha registrado média de menos de mil mortes foi em 2 de julho. Em casos confirmados, já são 2.751.665 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 18.043 desses confirmados no último dia. Cabe ressaltar que os números de novos casos e óbitos das segundas costumam ser menores que os de outros dias porque foram registrados no fim de semana, quando laboratórios operam em menor velocidade.
Pois é... a epidemia está longe do fim. E nada indica que o ritmo de mortes está desacelerando. Na Avenida Atlântica, cartão-postal de Copacabana, pelo menos 10 pessoas morreram por Covid-19 até dia 30 de julho, segundo os dados georreferenciados da Prefeitura. Isso é equivalente a todas as mortes pela doença em Beijing, capital da China, que tem mais de 21 milhões de habitantes. Nos estados, a mortandade tem proporções continentais. Só Pernambuco tem uma quantidade de mortos equivalente à soma de todos os países da América Central. No Rio de Janeiro, as mortes correspondem às de todo o continente africano. A hecatombe brasileira comparada com o resto do mundo segundo análise da Revista Piauí.
Apesar do alerta da comunidade científica, o Ministério da Saúde continua indicando o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina na etapa inicial do tratamento da Covid-19. Em coletiva de imprensa, o secretário executivo da pasta, Elcio Franco, divulgou que o Ministério da Saúde já distribuiu 5 milhões de comprimidos. A principal investigação conduzida no Brasil por hospitais privados, e publicada na semana retrasada no The New England Journal of Medicine, concluiu mais uma vez que o medicamento não deve ser prescrito nem mesmo em casos leves.
Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o projeto de lei que previa R$ 50 mil para trabalhadores da Saúde incapacitados pela Covid-19. O veto foi publicado na edição da madrugada desta terça-feira no Diário Oficial da União.
Aliás, mais um ministro do governo Bolsonaro foi diagnosticado com o novo coronavírus. O titular da Casa Civil, Walter Braga Netto, testou positivo para a Covid-19.
O novo coronavírus registra a marca de 18 milhões de infectados em todo o mundo, com os Estados Unidos liderando em número de casos da doença e de mortes. No Irã, o número de mortes por Covid-19 é quase o triplo do que o governo iraniano divulga, segundo uma investigação da BBC News Persa. Registros oficiais do próprio governo, obtidos pela reportagem, apontam que cerca de 42 mil pessoas morreram com sintomas do novo coronavírus até 20 de julho. No entanto, as estatísticas divulgadas oficialmente pelo Ministério da Saúde apontam 14.405 mortes no mesmo período.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS: “Não existe bala de prata no momento e talvez nunca exista. Há preocupação de que talvez não tenhamos uma vacina que funcione. Ou que a proteção oferecida possa durar apenas alguns meses, nada mais”.
De acordo com a entidade, há 164 vacinas em desenvolvimento: 25 estão em fase clínica e 139 em pré-clínica. Tedros declarou que não é possível saber até que se concluam os testes e que os estudos estão sendo desenvolvidos a uma velocidade sem precedentes. No geral, segundo a organização, estudos sorológicos mostram que menos de 10% desenvolveram anticorpos contra o vírus, indicando que tiveram a doença. A prevalência pode ser maior em meio a alguns grupos, como profissionais de saúde.
Sobre a volta às aulas, um estudo liderado pela University College de Londres que busca orientar a operação de volta às aulas no Reino Unido, aponta a necessidade de testagem dos casos suspeitos e o rastreamento da maioria dos contatos dos infectados.
Na Alemanha, Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental se tornou ontem o primeiro estado a iniciar o novo ano letivo em meio à pandemia:152.700 alunos voltaram ao ritmo normal das aulas. O caso vem sendo acompanhado pelo resto do país como um projeto piloto. Nem todos os estados alemães iniciam o ano letivo na mesma data após as férias de verão do Hemisfério Norte. Para reduzir o risco de infecção nas 563 escolas do estado, os alunos foram divididos em grupos fixos com várias turmas, que não devem se encontrar nas dependências da escola. A ideia é que se ocorrer uma infecção, apenas um subgrupo seja isolado.
No Rio de Janeiro, a prefeitura autorizou a volta às aulas, mas o governo do estado vai prorrogar o decreto que impede as instituições — tanto públicas quanto particulares — de reabrirem as portas. A informação foi antecipada ao Globo.
Em São Paulo, o secretário de educação da cidade disse que é "muito provável" que as aulas na capital não retornem no dia 8 de setembro, como previsto pelo governo paulista. Em entrevista à GloboNews, ele afirmou que ainda não há uma nova data estipulada e que já está decidido que não haverá reprovação dos alunos neste ano.
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