Mais 1.322 mortes pela Covid-19 foram confirmadas no Brasil nas últimas 24 horas. São 97.418 óbitos no total. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.033 óbitos, uma variação de -2% em relação aos dados registrados em 14 dias. Em casos confirmados, são 2.862.761 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 54.685 desses confirmados no último dia. (G1)
O cacique Aritana Yawalapiti, de 71 anos, um dos principais líderes indígenas do Alto Xingu, morreu ontem vítima de Covid-19, depois de duas semanas internado em um hospital de Goiânia. (Reuters)
E o STF decidiu por unanimidade obrigar o governo Jair Bolsonaro a adotar diversas medidas para conter o avanço do coronavírus na população indígena. (Uol)
Com média diária de mais de mil mortes, diversas regiões flexibilizaram a quarentena. Especialistas de todo o mundo apontam que um risco da flexibilização é o fato de que muitas pessoas podem pensar que a situação da pandemia está contornada. “Talvez essas pessoas sejam movidas pela falsa impressão de platô e de que as coisas se estabilizaram. Mas elas não percebem que a gente estabilizou no alto, com mais de mil mortes por dia. Isso não é normal. Por isso, não é desejável que normalizem isso e tudo bem viver assim”, alerta Natalia Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas da USP. (BBC)
Pois é... a cidade de São Paulo ultrapassou ontem a marca das 10 mil mortes. Isso é maior do que o total de mortos no Chile, Argentina, Alemanha e África do Sul, por exemplo. São 10.055 pessoas vítimas da doença que deixaram seus familiares angustiados pela ausência da despedida como ela deveria ser. Uma delas é a de Marcelo Ribeiro, 45 anos. Ele e a mãe, de 83, tiveram Covid-19 em meados de março. A lógica de que filhos enterram pais se inverteram na sua família. Marcelo não teve um velório e um enterro como manda o ritual. A mãe, que tinha ficado internada no Hospital de Campanha do Pacaembu, só soube da morte do filho após deixar a unidade de tratamento. Conheça dez dessas histórias. (Estadão)
Mike Davis, historiador norte-americano, escreveu em 2005 um ensaio alertando sobre a chegada de uma pandemia. Chamava-se O monstro bate à nossa porta e é uma leitura visionária nos tempos de Covid-19. Esta pandemia, a de verdade, exigia uma nova versão. Agora está sendo relançado em versão ampliada com o título de The monster enters. Em entrevista, ele falou das possíveis consequências de mais um fator de sofrimento para os trabalhadores pobres. (El País)
Mike Davis: “Provavelmente a mais importante é o dano aos meios de subsistência dos trabalhadores pobres desempregados. São as condições que provocaram os distúrbios de 1992. A maioria dos presos então não era negra, eram imigrantes mexicanos e salvadorenhos. Foi por causa da recessão daquele ano e pelo fato de as pessoas não terem nenhuma rede de segurança. Essas condições estão se reproduzindo agora em uma escala muito maior. Isso é pior do que aquela recessão e do que a de 2008 e ainda não vimos todo o seu impacto. No nível micro, o das famílias, as pessoas não estão recebendo nenhuma informação sobre como encarar decisões como mandar as crianças para a escola, como planejar o futuro. O que nunca deve ser esquecido sobre o sul da Califórnia é o enorme preço que a população migrante pagou para realizar seus pequenos e modestos sonhos. E quando isso for tirado dela, se verá raiva e desespero. Veremos um desencanto em nível nacional que chegará às ruas”.
Um novo estudo sugere que a Nova Guiné é a ilha com a maior diversidade de plantas do mundo - 19% a mais do que Madagascar, segundo registro anterior. Noventa e nove botânicos de 56 instituições em 19 países vasculharam amostras, das quais as mais antigas foram coletadas por viajantes europeus na década de 1700. Grandes áreas da ilha permanecem inexploradas e algumas coleções históricas ainda não foram analisadas. Os pesquisadores estimam que mais de 4.000 espécies de plantas possam ser encontradas nos próximos 50 anos, aponta o artigo publicado na Nature.
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