Mais uma vez foram os jovens libaneses que saíram às ruas de Beirute agitando a bandeira nacional. Mas, ao contrário de quando carregavam cartazes de protesto por meses a fio, agora estavam munidos de pás e vassouras. Caminhavam silenciosos e perplexos, dedicando-se a ajudar nos trabalhos de resgate e limpeza, entre as toneladas de escombros deixados pela devastadora explosão que na terça-feira sacudiu o porto da capital do Líbano e causou ao menos 135 mortos e 5.000 feridos. A correspondente Nathalia Sacha explica, em duas reportagens, que tudo são hipérboles em um país que atravessa sua pior crise em meio século, registra o maior número de contágios diários desde o início da pandemia e estremece, pela enésima vez, desde seus alicerces. Uma atmosfera rarefeita tomou conta da cidade. Na terça-feira se respirava pânico. Nesta quarta-feira, raiva.
Também nesta edição, reportagem de Felipe Betim explica a movimentação política do bolsonarismo que se prepara para testar sua força em seu berço político, o Rio de Janeiro. Para tal, se aliou ao prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella, que, em franca crise de popularidade, abrigou Flávio e Carlos Bolsonaro em seu partido. Para o sociólogo José Cláudio Souza Alves, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e um dos mais antigos pesquisadores das milícias, o acordo mira o eleitorado em área de influência de grupos armados. “Existe toda uma estrutura de apoio de Bolsonaro. Crivella está tentando reproduzir um modelo vitorioso de 2018 e que não foi desmontado, permanece forte”, explica o pesquisador.
Uma rosa amarela, um dicionário e uma máquina de escrever. É tudo de que Gabriel García Márquez precisava para entrar em ação. A casa mexicana de Gabo, falecido em 2014, conserva seu estúdio de trabalho e seus quase 5.000 livros. A reportagem de David Marcial Pérez revela as preciosidades guardadas na biblioteca deste viajante que, antes de se instalar pela segunda vez, e para sempre, no México aos 52 anos, teve uma vida errante: Barranquilla, Bogotá, Paris, Havana, Caracas, Londres, Barcelona.
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quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Líbano, um país em queda livre
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