Sexo sim, beijos, não: as regras na pandemia

"Tem medo do que? Enfrenta”, disse Jair Bolsonaro instando a população quando falava sobre o novo coronavírus. No momento em que o país caminha para somar cem mil mortes oficiais pela pandemia nos próximos dias, o discurso negacionista e a insistência na propaganda sobre a cloroquina, sem eficácia comprovada contra a doença, segue sendo o eixo do Governo no combate à crise. Reportagem de Felipe Betim mostra que, enquanto o remédio abarrota os estoques, alguns Estados apontam a falta medicamentos básicos para uso em UTIs. O balanço, no entanto, está defasado, porque a Saúde deixou de divulgar. Já Marina Rossi conta como a Prefeitura de São Paulo voltou a mudar a maneira de informar as mortes pela covid-19 na cidade. Após uma reportagem do EL PAÍS apontar alterações criticadas pelos especialistas, a gestão Bruno Covas recuou, ao menos parcialmente. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump, que amarga números nada alentadores nas pesquisas eleitorais, propôs que a votação de novembro fosse adiada por conta da pandemia de coronavírus,— a mesma que o presidente não mediu esforços para minimizar. O ataque à legitimidade da votação acendeu de vez os alarmes sobre o que o ocupante da Casa Branca pode fazer no poder.  Jason Stanley, professor de Filosofia da Universidade de Yale e autor de "Como Funciona o Fascismo: A Política do 'Nós' e 'Eles", analisa o movimento do mandatário e os riscos na democracia mais poderosa do mundo: "O recente tuíte de Trump criticando o voto pelo correio e levantando a possibilidade de adiar as eleições é um exemplo de várias táticas fascistas clássicas misturadas em uma", escreve Stanley. Para ler com calma, um mergulho no amor e sexo na era do coronavírus. Miguel Ángel Bargueño conversou com especialistas que desenharam um “protocolo" seguro de aproximação romântica para ajudar a guiar os flertes. Na nova regra, fica liberado o sexo (com máscara), mas os beijos, não.

Enquanto faltam remédios em UTIs, cloroquina abarrota estoques Medicamentos escassos são usados em pacientes com quadros graves de covid-19