sexta-feira, 2 de julho de 2021

Senadores desconfiam que Planalto mandou Cavalo de Troia para CPI

Para quem diz que a CPI da Pandemia é o novo BBB, ontem foi dia de paredão, com todas as emoções e reviravoltas possíveis. O cabo da PM mineira e representante comercial Luiz Paulo Dominguetti confirmou em depoimento a acusação de que o ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias cobrou propina de US$ 1 por dose numa negociação de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. O negócio seria feito através da empresa americana Davati Medical Suply, da qual Dominguetti diz ser representante informal. Ele reafirmou que a proposta de propina foi feita num jantar na presença do coronel da reserva do Exército Marcelo Blanco, segundo de Dias no Ministério, e de uma terceira pessoa, depois identificada como o também coronel Alexandre Martinelli. (Globo)

A confusão começou quando Dominguetti apresentou uma gravação onde o deputado Luis Miranda (DEM-DF) negociava com o representante de fato da Davati, Cristiano Alberto Carvalho, uma compra, segundo o PM, também de vacinas. Miranda e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Roberto Miranda, afirmam ter levado ao presidente Jair Bolsonaro denúncias de irregularidades na importação da vacina indiana Covaxin. Carvalho entrou em contato com a CPI e desmentiu Dominguetti, e o próprio Miranda apareceu na comissão para dizer que a negociação, feita no ano passado, era de luvas. O celular do depoente foi apreendido para perícia, e senadores chegaram a pedir sua prisão, o que foi negado pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). (G1)

Para o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Dominguetti pode ter sido “plantado” com a finalidade de desviar a atenção da CPI das irregularidades na Covaxin e desacreditar as denúncias dos irmãos Miranda. A expressão para isso é Cavalo de Troia, o falso presente que os gregos deixaram para os troianos cheio de inimigos dentro. (Poder360)

Alvo das acusações do PM/vendedor, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias negou que tivesse pedido propina, embora confirme o encontro com Dominguetti num restaurante em Brasília. Já o coronel Alexandre Martinelli, identificado ontem pelo PM a partir de uma foto, nega que tenha participado do jantar e fala em ir à Justiça por conta da exposição de sua imagem na CPI. (Folha)




O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), quebrou um tabu ao assumir a homossexualidade durante entrevista a Pedro Bial que foi ao ar nesta madrugada. “Eu sou gay. E sou um governador gay, e não um gay governador, tanto quanto Obama nos Estados Unidos não foi um negro presidente, foi um presidente negro. E tenho orgulho disso”, disse o governador, que é um dos pré-candidatos tucanos ao Planalto. Confira a entrevista na Globoplay. (G1)

Mais cedo, Leite participou de um debate com outros dois pré-candidatos, Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), organizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com o Estadão. Os três defenderam a reforma tributária e uma ampla restruturação do sistema político brasileiro que dê mais estabilidade ao país. Mas também ressaltaram as diferenças em suas visões, com Ciro defendendo o nacional-desenvolvimentismo e Leite enfatizando o equilíbrio fiscal, enquanto Mandetta dedicou mais tempo a atacar o governo Bolsonaro, do qual foi ministro da Saúde. (Estadão)




A ministra do STF Rosa Weber negou o pedido da PGR para só dar continuidade à notícia-crime contra Jair Bolsonaro após a conclusão da CPI. A denúncia por prevaricação foi apresentada por três senadores. (Poder360)




Meio em vídeo. Alguém aí poderia imaginar que, cinco anos após o impeachment da presidente Dilma, nós veríamos a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, no mesmo palco que o líder do MBL, Kim Kataguiri? Essas uniões entre grupos com mágoas profundas que os separam e valores tão distintos têm história no Brasil. E, às vezes, dão certo. Confira o Ponto de Partida no YouTube.


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e arquivou o inquérito sobre atos antidemocráticos. Só que Moraes abriu uma nova investigação, agora contra uma “organização criminosa digital” que usa a internet para atentar contra a democracia. (Poder360)

O relatório da Polícia Federal que serve de base à nova ação aberta por Moraes aponta o próprio presidente Jair Bolsonaro e dois de seus filhos, o deputado Eduardo (PSL-SP) e o vereador carioca Carlos (Republicanos), como integrantes de uma “milícia digital”. (Metrópoles)




A Trump Organization, empresa do ex-presidente dos EUA Donald Trump, foi formalmente acusada ontem de fraude e crimes fiscais pela Promotoria de Nova York. De acordo com os promotores, foram “15 anos de evasão de impostos”, num prejuízo aos cofres públicos estimado em US$ 1,7 milhão (cerca de R$ 8,6 milhões). As contas de Trump sempre foram um mistério. Contrariando a tradição, ele não apresentou suas declarações de renda ao se candidatar à Casa Branca e, segundo o New York Times, não pagou imposto de renda por dez anos. (G1)

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