terça-feira, 9 de junho de 2020

Isolamento salvou ao menos três milhões de vidas na Europa

O Governo Bolsonaro sofreu mais um revés nas mãos do Supremo Tribunal Federal. No fim da noite de segunda-feira, o ministro da Corte, Alexandre de Moraes, concedeu uma liminar aos partidos oposicionistas Rede e PCdoB que obriga o Ministério da Saúde a restabelecer o formato de divulgação integral dos dados da pandemia do novo coronavírus. A pasta, dominada por militares e sem ministro titular desde a saída de Nelson Teich, decidiu, na sexta, aplicar uma mudança drástica no boletim diário sobre a pandemia, incluindo a ocultação de dados totais sobre a covid-19 no Brasil. Antes mesmo da decisão de Moraes, Congresso, entidades científicas e veículos de imprensa já haviam reagido ao movimento, obrigando a pasta a recuar em alguns pontos. Ainda assim, o ministério divulgou um balanço incompleto nesta segunda e o consórcio de veículos de imprensa estreou um boletim independente com base nas informações dos Estados, segundo o qual o total de mortos pela covid-19 chegou a 37.312.
Mais de três milhões de pessoas foram salvas em 11 países europeus graças a medidas de isolamento social contra a covid-19, mostra um estudo divulgado nesta segunda-feira. O trabalho estima que o distanciamento social em diferentes intensidades imposto primeiro na Itália, depois na Espanha e, finalmente, nos demais países analisados, conseguiu resultados expressivos. Somente na Espanha, cerca de 450.000 mortes foram evitadas, segundo os resultados publicados na revista 'Nature'.
Quantas pessoas contraíram covid-19 na sua rua? E no seu quarteirão? Estas perguntas já devem ter cruzado a mente de todo brasileiro durante a emergência sanitária. O Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (LabCidade), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, criou um mapa interativo que permite saber onde estão os casos graves e óbitos provocados pela covid-19 na Região Metropolitana de São Paulo. A reportagem de Gil Alessi mostra que este grau de detalhamento da pandemia “possibilita análises mais precisas da difusão espacial do vírus do que os mapas oficiais, que utilizam a escala dos distritos ou das cidades”, explicam os idealizadores.

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