quinta-feira, 25 de junho de 2020

Zero Um deve ser denunciado nos próximos dias


O Ministério Público do Rio de Janeiro deve denunciar o senador Flávio Bolsonaro nos próximos dias. Ele e seu ex-chefe de gabinete, Fabrício Queiroz. O filho Zero Um não será o único político denunciado no esquema das rachadinhas na Assembleia Legislativa do estado — também será apontado um segundo político, para evitar críticas de que houve direcionamento nas investigações. O primogênito dos Bolsonaro é acusado de peculato, por ter desviado dinheiro público ao obrigar servidores da Alerj a transferirem parte de seus vencimentos. De acordo com apuração de Chico Otávio e Juliana Dal Piva, também devem ser tipificados os crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Queiroz e sua mulher, Márcia, também devem ser enquadrados em obstrução de Justiça, que é o motivo da prisão preventiva de ambos. (Globo)

Então... Uma advogada que frequentava a casa de Frederick Wassef, em Atibaia, conviveu com Queiroz e afirmou ter visto Márcia passando temporadas, lá. “Ela ficava um pouco, e vinha e voltava”, disse ao Jornal Nacional. Segundo ela, Queiroz passou a se esconder lá depois de maio de 2019. (G1)

Pois é... Aliados mais próximos do presidente Jair Bolsonaro o pressionam para que traga um advogado de peso e com trânsito nos tribunais superiores para representar seu filho. Pelo menos um, Nabor Bulhões, já recusou o convite. E Bolsonaro, diz Bela Megale, se mostra confiante na dupla que contratou, Luciana Pires e Rodrigo Rocca. (Globo)



A nova pesquisa DataPoder360 indica que 41% dos brasileiros aprovam o governo Bolsonaro — 49% desaprovam. As consultas foram feitas após a prisão de Queiroz na casa de Frederick Wassef, advogado do presidente. Bolsonaro é particularmente rejeitado por aqueles entre 16 e 24 anos (53%), com ensino superior (63%) e entre nordestinos (59%). Sua aprovação é maior entre a população do Centro-Oeste (40%), os que têm ensino fundamental (35%) e os com mais de 60 anos (35%). (Poder 360)



O Senado aprovou o novo marco legal do saneamento básico no país que, em essência, facilita e amplia a participação privada no setor. O objetivo é universalizar o serviço — prevê coleta de esgoto para 90% da população e fornecimento de água potável para 99% até o fim de 2033. A expectativa do Ministério da Economia é de que atraia mais de R$ 700 bilhões em investimentos e que gere 700 mil empregos nos próximos 14 anos. (G1)

É mesmo uma das apostas do governo para a recuperação da economia. O texto abre espaço para a iniciativa privada atuar mais no setor — hoje, sua participação é de 3%. (Globo)

Um levantamento da consultoria Ernst & Young e da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) aponta que para quase 65% dos entrevistados, gente da indústria, o setor é, de fato, o com maior potencial para investidores. (Estadão)

Gesner Oliveira, da FGV: “O Brasil apresenta atraso histórico no saneamento. Cerca de metade da população não tem acesso à rede de esgoto e as perdas de água na distribuição são de 38,5%. Investir em saneamento evita a proliferação de doenças. O gasto com saúde por doenças como diarreia é quase cinco vezes maior nas dez cidades com piores índices de saneamento, se comparadas às dez melhores. O saneamento é essencial para o meio ambiente. A poluição de cursos d’água seria menor com a universalização do acesso ao esgoto ou com o tratamento adequado dos resíduos sólidos. Apesar disso, mantendo o atual ritmo de investimento, a universalização desse serviço só ocorre em 2052.” (Estadão)



A PEC que adia a eleição, já aprovada no Senado, parou na Câmara. As novas datas previstas são, para o primeiro turno, de 4 de outubro iria para 15 de novembro e, para o segundo, de 25 de outubro vai a 29 de novembro. As bancadas de MDB, PP, PL, DEM, Republicanos e PSL estão rachadas e o presidente da Casa, Rodrigo Maia, tenta organizar um acordo. Os deputados são sensíveis à pressão de prefeitos que buscam reeleição e desejam manter as datas atuais. Quanto menos tempo para opositores, avaliam, melhor para eles. Ainda mais num momento em que o assunto dominante é a Covid-19, e não os problemas de cada cidade. (Folha)

Mas... Vai ser difícil. Líderes do Centrão, diz Guilherme Amado, estão trabalhando contra o adiamento. Esperam que Maia adie a votação ou mesmo a engavete. (Época)



Ex-ministro do governo Lula, Silas Rondeau, é alvo da operação Fiat Lux da Lava Jato. Nesta manhã, a Justiça expediu 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. O esquema investigado é de contratos fraudulentos e pagamento de propina na Eletronuclear. (G1)

Nenhum comentário:

Postar um comentário