Ao menos em duas ocasiões, os procuradores da operação Lava Jato em Curitiba expressaram desconfiança com o delegado Alexandre Ramagem. Ele, que é o escolhido de Jair Bolsonaro para chefiar a Polícia Federal, era visto como um nome ligado ao PT que estaria buscando “melar” a operação. Para os procuradores, Ramagem também estava envolvido em caso de corrupção que levou um procurador à cadeia.
As duas suspeitas aparecem em conversas do aplicativo Telegram que foram entregues ao Intercept por uma fonte anônima e compõem o acervo da série "As mensagens secretas da Lava Jato".
Ramagem é hoje um nome de confiança de Bolsonaro, mas em 2015 estava no radar do procurador Deltan Dallagnol como alguém ligado ao PT no Rio de Janeiro. Na ocasião, Dallagnol compartilhou com os colegas a preocupação, uma vez que acreditava que o delegado queria interferir em investigações em andamento. Em mensagem enviada para o procurador Januário Paulo em 21 de julho de 2015, o chefe da força tarefa alertou:
Deltan Dallagnol – 13:15:40 – O nome do Delegado de Brasília, que seria ligado aos políticos eh : Alexandre ramagem rodrigues
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