Antes das mudanças em seu comando que levaram à exoneração do ministro Sergio Moro, a Polícia Federal havia identificado Carlos Bolsonaro como articulador de um esquema criminoso de fake news. O inquérito, aberto pelo Supremo em março de 2019 para investigar ataques online à instituição e aos ministros, está próximo de ver encerrada sua fase de investigação. Segundo apurou o jornalista Leandro Colon, dentro da PF há convicção de que Maurício Valeixo foi demitido justamente para impedir que o elo entre o filho Zero Dois do presidente e a campanha contra STF e Congresso fosse desvendado. (Folha)
Pois é... No Planalto, e em Brasília no geral, o temor é de que o Supremo peça já esta semana a prisão de aliados do presidente. Segundo Vera Magalhães, não devem chegar em Carlos, ainda. (BR Político)
Esta não é a única preocupação do presidente Jair Bolsonaro. Ele recebeu, no domingo, Frederick Wassef, advogado do filho Zero Um no caso Queiroz. A Andreia Sadi, Wassef negou que a conversa tenha envolvido o nome para substituição de Valeixo na PF. (G1)
Então... O favorito para o cargo é Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Abin. Ele é amigo pessoal de Carlos e uma foto dos dois, no réveillon em que celebravam a vitória para o Planalto do presidente, circulou nas redes. Questionado num comentário de Facebook sobre esta proximidade do novo diretor de seu filho investigado pela PF, Bolsonaro respondeu. “E daí? Antes de conhecer meus filhos eu conheci o Ramagem. Por isso deve ser vetado? Devo escolher alguém amigo de quem?” (Poder360)
A ADPF, Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, pediu em carta pública ao presidente autonomia financeira para a PF e o estabelecimento de um mandato para diretor-geral. (G1)
Já o novo ministro da Justiça, que substituirá Moro, deve ser Jorge Oliveira, o atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência. Ele é filho de um amigo de décadas de Bolsonaro, foi chefe de gabinete de seu filho Eduardo. (Estadão)
Agora está em curso uma campanha de popularidade que ocorre, inicialmente, nas redes sociais. A consultoria Quaest mantem um ranking chamado IPD, Índice de Popularidade Digital, com pontuação e vai de 0 a 100 e é calculado a partir de Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Google e mesmo Wikipédia. Desde que surgiu o IPD, Bolsonaro se mantém o político mais popular. Continua sendo. Mas, de 82,9 na quinta, o presidente caiu para 70,3, no sábado. Enquanto Sergio Moro, que estava abaixo até de nomes como Luiz Henrique Mandetta, Luciano Huck e Lula, saltou de 30,7 até 55,3. (Folha)
Sobre popularidade fora das redes ainda há muito pouco. De Cesar Maia, pai do presidente da Câmara e especialista em análise de cenários políticos: “Pesquisas deste sábado mostram que Lula não ganhou nada, Moro não perdeu nada, Mandetta não perdeu nada e Bolsonaro perdeu algo.” (BR Político)
Impulsionados pelo ex-presidente Fernando Henrique, que se mostrou favorável à renúncia do presidente, partidos de oposição se articulam para montar uma frente ampla anti-Bolsonaro. O conjunto poderá incluir siglas que vão de PSDB, DEM, Novo e Cidadania a PT, PDT, PSOL, PCdoB e PSB. (Globo)
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