As curvas de contágio e óbitos do coronavírus no Brasil continuam em movimento ascendente. O número de mortos pela covid-19 subiu para 2.741 nesta terça, com 166 óbitos confirmados em 24 horas. Enquanto a crise de saúde pública segue sem dar sinais de melhora no Brasil, o país assiste ao desenrolar de outra crise, a política, cujo capítulo mais recente foi a abertura de um inquérito para investigar a organização dos protestos do último domingo. As manifestações tinham como mote o fim do isolamento social, mas traziam bandeiras em defesa de pautas antidemocráticas, como o fechamento do Congresso e do STF. A Corte aceitou o pedido da Procuradoria-Geral da República para investigar quem patrocinou e organizou o protesto, que teve a presença do presidente Jair Bolsonaro, por ora, não investigado. A abertura do inquérito acontece em meio ao avanço da pandemia nos Estados, que veem seus sistemas de saúde colapsar.
Em sua coluna, o filósofo Vladimir Safatle traz uma reflexão sobre como as manifestações do final de semana representam um ponto de radicalização sem retorno. "Nossa pretensa supremacia intelectual ainda irá nos matar. Ela nos faz não ver como, no fundo, há uma parte da população brasileira que deseja isto e se dispôs a jogar roleta russa com todos e com elas mesmas".
E ainda destacamos uma entrevista com o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha, que acaba de iniciar reabertura do comércio após 40 dias de quarentena. Ele, que diz não considerar Bolsonaro um aliado de Bolsonaro, elogia o novo ministro da saúde, mas critica socorro econômico enviado pelo Executivo.
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