Dois meses depois do começo da crise do coronavírus no Brasil, há poucas certezas. Entre elas uma crucial: o país não consegue medir a intensidade com que a pandemia avança em sua população por causa da baixíssima taxa de testes. Se oficialmente contabilizamos 271.628 casos da doença, estimativa feita pelo EL PAÍS com base em dados oficiais e utilizando a metodologia de médicos e matemáticos britânicos calcula que, na hipótese mais modesta, ao menos 1,8 milhão de brasileiros contraíram a doença que já matou quase 18.000. A reportagem de Jorge Galindo e Naiara Galarraga Gortázar também analisa a agressividade da covid-19 em várias capitais, comparando as mortes registradas neste ano no Registro Civil com as dos anos anteriores. Em Manaus, o número de mortes já é quatro vezes maior em 2020.
Também nesta edição, o retrato de um hospital público da periferia paulistana sob a crescente pressão da emergência sanitária. Flávia Marreiro e o fotógrafo Toni Pires mostram a peregrinação dos parentes em busca de notícias dos pacientes e os malabarismos da unidade do SUS em São Miguel Paulista, periferia de São Paulo, para expandir suas UTIs e funcionar com segurança. “Um terço dos pacientes tem de 20 a 49 anos. Tivemos casos de internar pai, mãe, filho, e o filho que transmitiu para o pais”, diz o diretor técnico Carlos Alberto Velucci.
Para inspirar as leituras da quarentena, revelamos os livros adquiridos por grandes personalidades como Simone de Beauvoir, Joyce, Hemingway e Lacan na histórica livraria Shakespeare and Company, em Paris.
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quarta-feira, 20 de maio de 2020
A intensidade da pandemia que o Brasil (quase) não contabiliza
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