O Brasil superou a triste marca de 20.000 mortes pela covid-19 nesta quinta-feira, com um novo recorde de óbitos notificados em 24 horas —1.188. O Ministério da Saúde afirma investigar a causa de outras 3.000 mortes suspeitas. Também admite um dado que poderia mudar drasticamente as estatísticas atuais: outras 11.000 mortes, que também podem ter sido causadas pelo novo coronavírus, jamais entrarão nos dados oficiais da pandemia. O motivo é que faltaram testes ou houve falhas na hora de colher a amostra desses pacientes que morreram por conta da síndrome respiratória aguda grave, um quadro comum provocado pela doença.
As autoridades brasileiras reconhecem que a pandemia segue uma curva ascendente e em franco processo de interiorização enquanto, nas capitais, ainda não está controlada. Um dos maiores problemas para deter a espiral são as moradias precárias nas periferias brasileiras. Reportagem de Heloísa Mendonça mostra o desafio de Manaus, onde o sistema de saúde está em colapso e metade das pessoas vive em favelas. Não se trata de um exemplo isolado: entre os 10 Estados com maior incidência de contaminação pelo novo coronavírus, oito apresentam também as maiores taxas de habitação precária.
Também nesta edição, analisamos como a pandemia que confinou um terço da humanidade em casa e criou novas dinâmicas de relações afetivas impacta nos profissionais de educação. Tendo como instrumentos essenciais de seu trabalho o próprio corpo e a própria voz, eles agora têm como ferramentas imprescindíveis os celulares, computadores e redes sociais. Em meio à adaptação a essa nova forma de trabalho, eles enfrentam maiores responsabilidades e cobranças em suas tarefas. Reportagem da Joana Oliveira traz os relatos de ansiedade e sobrecarga de trabalho dos profissionais que lutam para se adaptar a essa nova rotina.
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