O Brasil registrou nesta terça-feira o quarto maior número de óbitos pela covid-19 em 24 horas desde o início da pandemia. Com novas 1.300 mortes e outros 41.857 casos, o país chegou a 1.926.824 infectados e 74.133 óbitos. Mas os dados, ainda que assustadores, refletem apenas uma parte do que, de fato, ocorre no país.
Gilberto Loiola morreu em 13 de abril, em Poços de Caldas (Minas Gerais) com sintomas da doença e após um exame de raio-X constatar que seu pulmão já tinha sido praticamente tomado. A certidão de óbito indicava como causa insuficiência respiratória. Apenas 26 dias depois do óbito, a Secretaria Estadual de Saúde confirmou que a morte do comerciante aposentado havia sido provocada, na verdade, pela covid-19. “Tivemos de correr atrás, por conta própria, de laudos do hospital e da secretaria para alterar a causa do óbito. Só conseguimos a certidão correta em junho”, diz Carina Loiola, filha de Gilberto, que quase ficou de fora das estatísticas.
Até maio, as autoridades mineiras se gabavam de ter a “situação sob controle” a partir dos dados oficiais: eram menos de 7.000 casos e 250 mortes. Mas entre janeiro e junho, o Estado teve um crescimento de 930% no número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) comparado ao mesmo período de 2019. A SRAG é uma espécie de macrogrupo, onde são incluídas todas as pessoas com sintomas similares aos da covid-19. A subnotificação e a baixa testagem se revelaram decisivas para o aumento exponencial de registros da doença entre junho e julho no Estado, elevando as cifras de vítimas do coronavírus para 77.000 infectados e 1.600 óbitos, sendo que mais da metade (56%) do total de casos foi confirmada nas duas últimas semanas, relata Breiller Pires.
No Paraná, os casos de SRAG também explodiram. Dados disponíveis na plataforma OpenDataSus apontam para um aumento de 314% nas mortes por síndrome gripal no Estado, quando comparados os período de março a maio dos anos de 2019 e 2020. Médicos ouvidos pela reportagem afirmam que a alta dos óbitos por SRAG sinaliza a subnotificação da covid-19 no Estado. "Se você entuba uma pessoa e ela morre antes do resultado do teste, não posso colocar coronavírus no atestado", afirma um intensivista.
Já os trabalhadores em home office seguem a luta contra as distrações em casa. Margaret Atwood, autora do best seller O conto da aia compartilha alguns truques que podem ajudar a evitar a procrastinação no trabalho. A autora, que se descreve como uma uma especialista em adiar tarefas, garante que nunca perdeu um prazo sequer.
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