O Brasil registrou 1.554 mortes nas últimas 24 horas. É o maior número num único dia. E é assim, um dia antes do esperado, que cruzamos a marca das 90 mil mortes causadas por Covid-19. O aumento foi impulsionado pelo estado de São Paulo, que voltou a divulgar o seu balanço após dificuldades técnicas. A média móvel de novas mortes nos últimos 7 dias foi de 1.043 óbitos, uma variação de -4% em relação aos dados registrados em 14 dias. No total, 6 estados apresentaram alta de casos fatais: RS, SC, GO, MS, RR e TO.
Temos 90.188 óbitos devidamente computados. Não entram na conta aqueles cujas mortes ocorreram sem confirmação da doença por falta de testes. São também 2.555.518 brasileiros confirmados por terem sido infectados com o novo coronavírus desde o começo da pandemia. Destes, 70.869 confirmados no último dia.
O total de mortes diárias equivale à queda de três grandes aviões comerciais lotados. Conforme o site Our World in Data, o Brasil está na faixa das mil mortes diárias há seis semanas, desde meados de junho. Os EUA permaneceram nessa condição por oito semanas, a partir de meados de abril. Nenhum outro país ficou nesse patamar por tanto tempo. “É como se estivéssemos anestesiados frente ao grande número de mortes”, avalia o sociólogo Rodrigo Augusto Prando, da Universidade Mackenzie. “Depois de um período de crise, todos clamam pela volta do normal e, até como sentido de autodefesa, a pessoa para de olhar o número de mortes. Cansadas, tristes, chegam à conclusão de que a vida tem de seguir, daí o termo novo normal. Estamos vivendo a normalidade dentro da anormalidade”. (Estadão)
Segundo o Imperial College, o Brasil completou três meses com transmissão acelerada. Desde a semana de 27 de abril, o país tem taxa de contágio acima de 1. Na semana que começou neste domingo (26), o índice chamado de Rt, subiu de 1,01 para 1,08. Isso quer dizer que cada 100 infectados contaminam outros 108, e assim sucessivamente. O índice, no entanto, varia por região do país. Dos 25 países que apresentavam transmissão sem controle no começo de maio, 13 controlaram o contágio. Na América do Sul, estão nesse grupo o Chile (0,91) e o Equador (0,90). Enquanto Brasil, Argentina (1,42), Colômbia (1,26) e Peru (1,04) se mantiveram acelerados. (Folha)
Mesmo assim, o governo federal decidiu reabrir as fronteiras aéreas para a entrada de estrangeiros, que estava proibida desde março. (Globo)
A Rússia disse que daqui a duas semanas aprovará sua vacina, com produção prevista para outubro. A substância está sendo desenvolvida pelo instituto estatal Gamaleya. Mas tem levantado preocupações sobre sua eficácia, já que o país não divulgou nenhuma informação científica e ainda não fez teste em larga escala. Mesmo assim, os Estados brasileiros Paraná e São Paulo já demostraram interesse pela vacina. (G1)
A transmissão varia de acordo com o estado do paciente. Estudos preliminares da OMS, ainda não revisados, apontam que pessoas em quadro grave podem transmitir o vírus por até três semanas após início dos sintomas. Enquanto para pacientes com a forma leve ou moderada é de até nove dias. (Estadão)
Para a OMS, os jovens que têm causado a segunda onda na Europa. Especialistas avaliam que, com fadiga psicológica causada pelas medidas de isolamento, as novas restrições não têm sido mais suficientes para conter millennials e a Geração Z, que em sua maioria estão fora do grupo de risco.
Essa fadiga, segundo a pesquisadora chilena Isabel Behncke, faz com que os seres humanos se comportem como animais em cativeiro. Ela passou três anos na selva da República Democrática do Congo estudando os bonobos, que, ao lado de chimpanzés, são nossos parentes evolutivos vivos mais próximos. “Quando observamos os animais enjaulados, sejam cetáceos (baleias e golfinhos), cavalos, elefantes, papagaios, primatas ou grandes predadores, o que vemos são os chamados comportamentos repetitivos, como se coçar até provocar lesões ou dar voltas nas jaulas. Então, quando vejo como começamos a fazer scroll nas redes sociais, sem interagir, simplesmente de maneira passiva, repetitiva, o que observo são humanos em cativeiro. Não é muito diferente dos papagaios enjaulados, que começam a arrancar as (próprias) penas.” (BBC Brasil)
Menor, com distanciamento social e sem poder tocar a Caaba, a peregrinação à Meca começou com restrições. Em fotos.
E recomeça hoje a temporada da NBA, também com novas regras. Todos os confrontos serão sem torcida e disputados no complexo da Disney, o ESPN Wide World of Sports, em Orlando (FL). Os atletas das 22 equipes estão em quarentena desde o começo de julho. Durante os jogos ainda não poderão realizar atividades comuns, como cumprimentar os adversários, cuspir, limpar o nariz, mexer no protetor bucal e usar o uniforme para secar a bola.
Um avanço na pesquisa de Alzheimer. Pesquisadores desenvolveram um novo exame de sangue que pode detectar a doença 20 anos antes dos sintomas. O estudo foi publicado na revista científica Journal of Experimental Medicine e apresentado na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer em Chicago. Para ser usada clinicamente, a técnica desenvolvida precisa de mais pesquisas e testes. Mas a estimativa é de que esses exames possam estar disponíveis em até três anos. (New York Times) |
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