DEM e MDB deixaram o blocão liderado pelo deputado Arthur Lira, na Câmara dos Deputados. Pretendem, junto ao PSDB, formar um grupo de centro, independente do governo, que promova para a presidência da Casa um nome respaldado pelo atual presidente, Rodrigo Maia. A eleição é no fim do ano. Lira, que negociou cargos no segundo e terceiro escalão do governo para seu PP, PSD, PL e Republicanos, promovendo a aliança entre o presidente Jair Bolsonaro e o Centrão, vem atuando como articulador informal do Planalto entre os parlamentares. Ele próprio pretendia suceder a Maia. Ao perder as duas siglas por ser visto como homem do governo, torna mais difícil sua candidatura. (Globo)
O resultado concreto é que Bolsonaro terá muita dificuldade de emplacar o novo presidente da Câmara. Oposição e independentes somam dois terços dos deputados, informa o Painel. E dependendo de quantos partidos o PSL conseguir carregar para um novo bloco que tenta formar, o Centrão poderá ficar ainda mais enfraquecido. (Folha)
Vera Magalhães: “Rodrigo Maia passou bom tempo quieto, recolhido, analisando a aproximação entre Jair Bolsonaro e o chamado Centrão. Depois da votação do Fundeb, na semana passada, quando mostrou para o presidente e para os líderes do Centrão que ainda tem o comando da pauta e do ritmo da Casa, voltou a dar as cartas nesta semana. O movimento de Maia agora dá a entender que o presidente da Câmara avalia que não há espaço para tentar nova virada da mesa que lhe garanta novo mandato no comando da Casa, que ocupa ininterruptamente desde 2016. Com isso, rearticula seus exércitos sinalizando que, se o antigo PP insistir em virar o principal partido da base de Bolsonaro, pode substitui-lo pelo MDB na fila da disputa pela presidência.” (BR Político)
O ministro Edson Fachin será o relator a analisar, no Supremo, a Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada por Bolsonaro, com respaldo da Advocacia-Geral da União, que pede a suspensão dos bloqueios nas contas de redes sociais de empresários, políticos sem mandato e influenciadores do bolsonarismo. Alguns dos ministros avaliam que a decisão, tomada por Alexandre de Moraes, pode ter ferido a liberdade de expressão do grupo. Mas também avaliam que o espírito de autoproteção da Corte deve falar mais alto. O presidente do STF, Dias Toffoli, já mandou sinais de que não pretende pautar a Adin protocolada pelo presidente. Seu sucessor a partir de setembro, Luiz Fux, também não. (Folha)
Aliás... O Youtuber Felipe Neto se tornou, ontem, vítima da rede de desinformação bolsonarista. Ele é acusado de pedofilia numa série de imagens falsificadas circulando por inúmeras fontes. Uma rede de artistas e políticos partiram em solidariedade a Neto. (F5)
Então... Toffoli também mandou que a Assembleia do Rio dissolva a comissão para analisar o processo de impeachment do governador Wilson Witzel. Ele deseja uma nova comissão, formada seguindo o princípio de proporcionalidade dos partidos representados na Casa. (Globo)
O novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, demitiu coletivamente todos os auxiliares de seu antecessor, Abraham Weintraub, ligados ao grupo olavista. Foram exonerados Auro Hadana Tanaka, Eduardo André de Brito Celino, Sérgio Santana e Victor Sarfatis Metta, ou quatro dos cinco cargos de assessoria diretamente ligados ao ministro. Ribeiro considera que, com as exonerações, atende a orientação de Bolsonaro, que pediu um MEC mais aberto ao diálogo e com perfil conciliador. (Estadão)
Um vídeo de campanha eleitoral em nome do presidente americano Donald Trump, publicado no domingo pelo deputado Eduardo Bolsonaro, foi alvo de uma reclamação formal pela comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos EUA. O presidente Eliot Engel — que, lá, ocupa exatamente o mesmo que Zero Três ocupa aqui — pede que a família Bolsonaro não se intrometa no pleito americano. (Estadão)
O PIX, o novo serviço instantâneo de pagamentos do Banco Central, promete substituir o TED e DOC e acabar com o cartão de débito. Disponível a partir de novembro, as transações poderão ser feitas gratuitamente, em qualquer hora ou dia da semana. Os dados para as transações estarão resumidos em uma única ‘chave de endereçamento’, apenas com o número de celular ou o CPF. E também será possível pagar compras em comércios através de QR Codes. |
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