sexta-feira, 3 de julho de 2020

Em plena pandemia, bares lotam no Rio


Aglomeradas na calçada, sem máscara e violando as regras de isolamento social. Foi assim a primeira noite da reabertura de bares e restaurantes no Rio de Janeiro após três meses de quarentena. Depois das 22h, alguns pontos tradicionais, como o Pavão Azul, em Copacabana, e o Guimas, na Gávea, ficaram lotados.

As ruas do Leblon também chamaram a atenção. Na Praça Cazuza, a Guarda Municipal precisou intervir: determinou que bares do entorno fechassem suas portas para tentar dispersar cerca de 300 pessoas. Não funcionou. Uma banca de jornal e ambulantes continuaram vendendo bebidas alcóolicas. A aglomeração permaneceu até por volta da meia-noite. quando a Polícia Militar foi acionada. Nas redes sociais, vizinhos dos bares lotados, motoristas que passaram pelo local, políticos e famosos postaram vídeos e textos demonstrando indignação. Um deles foi o estilista Carlos Tufvesson, que ocupou o cargo de coordenador especial da Diversidade Sexual na prefeitura do Rio, em 2011. “Acho que a vacina chegou no Leblon e não estamos sabendo”.

Enquanto isso, o Brasil registrou ontem 1.277 novas mortes pela Covid-19 e 47.984 casos. Com isso, o país chega a 61.990 óbitos pela doença e 1.501.353 total de casos. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais e o balanço é fechado diariamente às 20h.
São Paulo e Rio de Janeiro tiveram os maiores números totais de mortes nas últimas 24 horas. Respectivamente, foram registrados 321 e 134 óbitos. Os estados de Goiás, Minas Gerais e Roraima bateram o recorde de mortes, com 51, 52 e 40 óbitos registrados. O Brasil tem uma taxa de cerca de 29,6 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos, têm 39,4, e o Reino Unido, 66,3 mortos para cada 100 mil habitantes. Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil, o índice é de 3,1 mortes por 100 mil habitantes.

Pois é... O governo ignorou crise do coronavírus e decidiu manter prestações da faixa mais vulnerável do Minha Casa, Minha Vida.

E a Covid-19 avança nos EUA, com 37 dos 50 Estados vendo os casos aumentando nos últimos 14 dias quando comparados às duas semanas anteriores em junho, de acordo com uma análise da Reuters. Ontem, o país estabeleceu um novo recorde: 51.000 infecções em um único dia. A Califórnia, um dos epicentros da nova explosão de casos, viu os testes positivos subirem 37% e as hospitalizações 56% nas últimas duas semanas.

É a sexta vez em nove dias que o país atinge um novo recorde diário de casos, aponta o NYT. O total representa um aumento de 87% em casos diários em relação a duas semanas atrás, quando os estados foram reabertos. Em 1º de junho, as autoridades da Flórida anunciaram 667 novos casos. Em 1º de julho, mais de 6.500. Ontem, mais de 10.100, um recorde. Agora, o aumento de casos mudou para o sul e o oeste, enquanto o país caminha para o fim de semana do 4 de julho. Na terça-feira, à medida que o surto se expandia, o Dr. Anthony S. Fauci, principal especialista em doenças infecciosas do país, alertou que novas infecções poderiam subir para 100.000 por dia.



17 vacinas estão hoje em fase de testes clínicos e acompanhadas pela OMS. O anúncio foi feito depois de dois dias de reuniões da agência com 1,3 mil cientistas de 93 países. Uma das participantes foi a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. Sob testes no Brasil, a vacina contra a Covid-19 pesquisada pela Universidade de Oxford e pela empresa AstraZeneca entrou em sua terceira fase de testes clínicos. É hoje a que mais está avançada no que se refere ao seu desenvolvimento.

Sobre o medicamento remdesivir, há pesquisas conflitantes em relação ao antiviral, disse a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde, Soumya Swaminathan. Mas o plano é continuar com as pesquisas para alcançar resultados mais consistentes nas próximas semanas.







O Campeonato Carioca deste ano não será mais transmitido pela Globo. A emissora disse ter rescindido o contrato que mantinha com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro e com os clubes, mas manterá os pagamentos desta temporada. O motivo foi o Flamengo ter transmitido o jogo diante do Boavista em suas redes sociais, o que levou a emissora a considerar o ato uma violação de seus direitos.

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